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Em junho, OSUSP faz apresentações no Campus da Capital, na Sala São Paulo e no SESC Santo André

Em junho, OSUSP faz apresentações no Campus da Capital, na Sala São Paulo e no SESC Santo André

Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo - 01/06/2017

No mês de junho, a OSUSP realizará cinco apresentações em São Paulo, dentro e fora do Campus da USP – Capital, apresentando dois repertórios diferentes. Nos dias 09 e 10, recebe o Maestro Marcelo Lehninger e a pianista Sonia Goulart, no Auditório do Centro de Difusão Internacional – USP e na Sala São Paulo, com obras de Ravel, Chopin e Beethoven. Já a formação de câmara se apresenta dias 22, 25 e 28, na Biblioteca Brasiliana Mindlin-USP, Sesc Santo André e Instituto de Ciências Biomédicas da USP, respectivamente. Nestes concertos a seção de cordas executará peças de Vivaldi, com destaque para as Quatro Estações.

Orquestra Sinfônica da USP faz cinco concertos em Junho

9 de junho, sexta-feira, 12h30, Centro de Difusão Internacional da USP – CDI
Entrada Franca
Faixa Etária recomendada: a partir de 7 anos – Duração: 60 min – 800 lugares
Centro de Difusão Internacional da USP: Avenida Professor Luciano Martins Rodrigues, 222 – Bloco A – Cidade Universitária – SP – SP.  Em frente ao prédio da ECA.
Telefone: 11 3091 3000

10 de junho, sábado, 21h, Sala São Paulo
Ingressos: de R$20,00 a R$70,00
Vendas: www.ingressorapido.com.br ou na Bilheteria da Sala São Paulo
Faixa Etária recomendada: a partir de 7 anos – Duração: 80 min – 1.484 lugares
Sala São Paulo: Praça Júlio Prestes, 16 – São Paulo, SP       
Telefone: 11 3223 3966

22 de junho, quinta-feira, 12h30, Biblioteca Brasiliana Mindlin
Entrada Gratuita
Faixa Etária recomendada: a partir de 7 anos – Duração: 60 min – 110 lugares
Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin: R. da Biblioteca, s/n – Cidade Universitária, São Paulo – SP
Telefone: 11 3091 3000

25 de junho, domingo, 12h, SESC Santo André
Entrada Gratuita
Faixa Etária recomendada: a partir de 7 anos – Duração: 60 min – 304 lugares
SESC Santo André – R. Tamarutaca, 302 – Vila Guiomar, Santo André – SP
Telefone: 11 4469 1200 (SESC) 11 3091 3000 (OSUSP)

28 de junho, quarta-feira, 11h, Instituto de Ciências Biologicas
Entrada Gratuita
Faixa Etária recomendada: a partir de 7 anos – Duração: 60 min – 304 lugares
Av. Prof. Lineu Prestes, 2415 – Butantã, São Paulo – SP
Telefone: 11 3091 3000

09/06 – 12h30 – CDI

10/06 – 21h – Sala São Paulo

Marcelo Lehninger e Sônia Goular, com a OSUSP, em 2012.

Marcelo Lehninger e Sônia Goulart, com a OSUSP, em 2012.

INTERPRETES

Marcelo Lehninger |regência, Brasil

Sônia Goulart |piano, Brasil

PROGRAMA

MAURICE RAVEL (1875-1937)
Pavane pour une infante défunte (1899) 7’

FREDERIC CHOPIN (1810-1849)
Concerto para Piano Nº2 em Fá Menor Op.21 (1830) 32′

LUDWIG VAN BEETHOVEN (1770-1827)
Sinfonia Nº 5 em Dó Menor Op. 67 (1808) 34’

CURRICULOS

Marcelo Lehninger
Marcelo Lehninger, um dos regentes brasileiros de maior destaque no momento, é diretor musical da Sinfônica de Grand Rapids. Foi assistente de James Levine na Sinfônica de Boston e de Kurt Masur nas Orquestras Nacional de França (durante residência no Musikverein), Gewandhaus de Leipzig e Filarmônica de Nova York. Já regeu as principais orquestras norte-americanas e brasileiras, assim como as Sinfônicas de Sydney, Melbourne, Toledo, Toronto, Winnipeg, Kitchener-Waterloo, Calgary, Lucerna, Deutsches Symphonie-Orchester; Filarmônicas da Eslovena e da Radio France; Orquestra de Câmara de Lausanne e Nacional de França. Além de piano e violino, estudou regência com Harold Farberman e composição com Laurence Wallach. Seus mentores incluem Kurt Masur, Leonard Slatkin e Roberto Tibiriçá. É filho da pianista Sônia Goulart e do violinista Erich Lehninger.

Sônia Goulart
Considerada uma das mais prestigiadas pianistas brasileiras, Sônia Goulart é detentora de mais de trinta prêmios nacionais e internacionais, incluindo o 1o lugar no Concurso da Televisão de Frankfurt e prêmio no Concurso Busoni. Residiu na Europa por oito anos, quando se aperfeiçoou com Bruno Seidlhofer, Karl Engel e Stefan Askenase. Fez também cursos com Carlo Zecchi e Jacob Sak. Atuou com regentes como Rumpf, Conz, Bagnoli, Prohaska, Reichert, Sarmientos, Spierman, Aeschbacher, Blech e Gunzenhauser. Doutora em Música pela Escola Superior de Música e Teatro de Hannover, é Professora Titular da Escola de Música da UFRJ.

Notas do programa

MAURICE RAVEL(1875-1937)

Pavane pour une infante défunte
Composta em 1899, durante a época em que estudava composição com Gabriel Fauré no Conservatório de Paris, a Pavana pour une infante défunte (em português, Pavana para uma princesa morta) apesar de ser uma peça relativamente simples, já mostra características importantes do universo criativo de Maurice Ravel.
Treze anos mais jovem que Debussy, Ravel marcou a Paris da virada do século XX com peças para piano que, além da Pavana (composta originalmente para piano solo), já incluía: Jeux d’Eau, Sonatine, Miroirs, e a virtuosística Gaspard de la nuit.
Desde tenra idade, foi esperado que Ravel fosse o sucessor de Debussy no legado da música francesa, e de fato os dois compositores compartilhavam uma sensibilidade poética para timbres e texturas ditas impressionistas. Entretanto, muitos dos trabalhos de Ravel evocam estilos do passado mesmo quando incorporam harmonias e técnicas de composição modernas.
Enquanto alguns associam esta Pavane à imagem de uma princesa dançando – como em quadros de Diego Velasquez – o próprio Ravel na realidade chegou a admitir que escolheu o título para a peça porque “gostava de como soavam a combinação das palavras”. De qualquer forma, ainda que Ravel não tenha tido intenções programáticas para a peça, a pavana remonta a um estilo de dança renascentista lenta em compasso binário, dançada principalmente na corte espanhola durante os séculos XVI e XVII.
A orquestração que ouviremos hoje, concluída posteriormente pelo próprio compositor em 1910, também exemplifica a maestria que Ravel possuía na arte da orquestração, no que podemos correlacionar a sonoridades de obras célebres como Shererazade (1903) e a Rapsódia Espanhola (1910).

FRÉDÉRIC CHOPIN (1810-1849)

Concerto para Piano No2 em Fá Menor Op.21
Um dos compositores mais importantes do mundo pianístico, Frédéric Chopin revolucionou a concepção estilística deste instrumento, e sua obra é até hoje considerada como um pilar para pianistas de qualquer estilo musical.
Chopin escreveu seus dois concertos para piano entre 1829 e 1830 quando tinha apenas 20 anos de idade e ainda vivia na Polônia. Por ter sido em parte autodidata, Chopin foi capaz de compor música de grande originalidade para o piano, em uma atmosfera de íntima relação entre a improvisação e a composição. Uma vez submetido à educação formal, já dominava grande parte das técnicas composicionais e dedicou-se assim a redefinir e ampliar o potencial expressivo do piano.
Seus concertos foram publicados na ordem inversa da data de sua composição, sendo o Concerto para Piano no 2 em Fá menor na realidade o primeiro a ser composto. Nas mãos requintadas de Chopin, o gênero concerto é quase um monólogo: possui pouco da intimidade de música de câmara entre a parte do solista e a orquestra – que tanto caracteriza os concertos para piano de Mozart – ou o diálogo motívico encontrado em Beethoven. O primeiro movimento é grandioso e eloquente, sempre em passagens pianísticas ricamente  ornamentadas; o segundo movimento evoca um tema sublime já antecipando a atmosfera encontrada nos noturnos; o finale, com a indicação “simples, porém graciosamente” se revela o mais polonês dos três movimentos em uma mazurka alegre e auto-confiante somada a passagens de extrema virtuosidade.

LUDWIG VAN BEETHOVEN (1770-1827)

Sinfonia No 5 em Dó Menor Op. 67
“Independentemente da frequência com que se ouve, seja em casa ou na sala de concertos, essa sinfonia invariavelmente exerce poder sobre pessoas de todas as idades, como aqueles grandes fenômenos da natureza que nos enchem de medo e admiração em todos os tempos, não importa quantas vezes possamos experimentá-los.” – Robert Schumann, sobre a Quinta Sinfonia de Beethoven. Nenhum outro compositor ocupa uma posição tão central na história da música quanto Beethoven. Ele resume o ápice da tradição e dos ideais clássicos, ao mesmo tempo em que representa sua ruptura, ao apontar em direção a um novo conceito musical que seria seguido e desenvolvido por compositores das mais variadas correntes, tais como Schubert, Brahms, Wagner, Schoenberg, Mahler, entre outros. Se o fascínio que Beethoven provocou nas gerações posteriores foi construído basicamente a partir de sua imagem heróica e revolucionária, no século XX foi demonstrado também o alcance universal de seu legado, pois sua visão incansável e ampla de uma obra de arte reflete uma postura estética essencialmente cosmopolita e moderna.
Embora os primeiros esboços da Quinta Sinfonia datem do início de 1804, Beethoven trabalhou mais intensivamente na obra apenas em 1807, terminando a composição no início de 1808. A Quinta Sinfonia foi executada, pela primeira vez, no dia 22 de dezembro de 1808, no Theater an der Wien, por um grupo de músicos contratados especialmente para o concerto, sob a regência do próprio Beethoven.
Erika Ribeiro – Pianista; Professora de Piano, Música de Câmara e atual Chefe do Departamento de Piano e Cordas da UNIRIO; Mestre em Música pela USP com especialização na Hochschule für Musik “Hanns Eisler” Berlim.

22/06 – 12h30 – BBM

25/06 – 12h – SESC Santo André

28/06 – 11h – Instituto de Ciências Biológicas
Orquestra de Cordas em apresentação no SESC Santo André

Orquestra de Cordas em apresentação no SESC Santo André

INTÉRPRETES

A definir

PROGRAMA

ANTONIO VIVALDI (1678-1741)

Concerto em Sol  M “Alla Rustica”

I Presto
II Adagio
III Allegro

Quatro estações

Primavera, Concerto em Mi M op.8

I Allegro
II Largo
III Allegro Pastorale

Verão, Concerto em Sol m op.8

I Allegro non molto
II Adagio piano -Presto forte
III Presto

Outono, Concerto em Fá M op.8

I Allegro
II Adagio molto
III Allegro

Inverno, Concerto em Fá m op.8

I Allegro non molto
II Largo
III Allegro

SOBRE A OSUSP

A OSUSP – Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo – foi fundada em 1975 e teve como regentes titulares Camargo Guarnieri (1975-1993), Ronaldo Bologna (1993 a 2001), Carlos Moreno (2002 a 2008) e Lígia Amadio (2009 a 2011). Nestes 40 anos de existência, realizou excursão pela Alemanha, lançou oito CDs, organizou concursos de composição, participou de montagens de ópera e se apresentou com regentes e solistas de renome internacional como o tenor José Carreras, o violinista Schlomo Mintz e os pianistas Arnaldo Cohen, Yara Bernette, Roberto Szidon e Ingrid Haebler. Sua temporada anual consiste em apresentações regulares em diferentes salas de concerto e nos diversos campi da USP. Em 2006 recebeu o Prêmio Carlos Gomes de “Melhor Orquestra do Ano”.
A OSUSP é um órgão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária e tem como objetivos principais divulgar a música sinfônica e camerística, inovar em propostas educacionais e artísticas, estimular a formação de público e, sobretudo, promover a interação entre o saber produzido na Universidade e a sociedade.

NOTAS DO PROGRAMA

Antonio Vivaldi nasceu na cidade de Veneza em 4 de março de 1678 e lá passou a maior parte de sua vida.  Filho de um barbeiro que também era violinista, Vivaldi desde cedo foi conduzido à música.
Em 1703 foi ordenado padre, “Il Prete Rosso” ( devido ao seu cabelo ruivo), mas rapidamente foi dispensado das obrigações clericais para dedicar-se à música.
Atuou como professor de música no orfanato chamado “Ospedalle della Pietà”, na cidade de Veneza – tendo escrito muitas de suas obras para as jovens internas desta instituição. Havia, na época, um sentimento generalizado de que as alunas do Pietà estavam entre os importantes virtuoses de seu tempo.
Vivaldi compôs sonatas, óperas, cantatas, mas foram os concertos para as mais diversas formações e instrumentos a sua maior contribuição para a música.
Vivaldi faleceu em 28 de julho de 1741, aos 63 anos de idade.
Com o advento do Classicismo, suas obras caíram no esquecimento, sendo resgatadas  a partir do início do século XX.
O Concerto “Alla Rustica”  foi composto entre 1720 – 1730 – época em que Vivaldi estava trabalhando também no conjunto de obras conhecido como “opus 8”,  que inclui as famosas “4 Estações”.
Embora o título “Concerto alla Rustica” possa sugerir um certo toque provinciano, esta obra é um exemplo brilhante e sofisticado do estilo característico do Barroco tardio. Possibilita à orquestra mostrar-se com virtuosismo como um todo, já que não está subordinada a um instrumento solista.
“As 4 estações”: essas peças têm um programa claro – um soneto ilustrativo sobre cada uma das estações, impresso na parte do violino solista, revela o colorido de cada peça. Não se sabe a origem ou autoria desses poemas, mas especula-se que o próprio Vivaldi os tenha escrito. Todos os concertos foram compostos segundo o esquema de 3 movimentos ( rápido – lento – rápido) que Vivaldi costumeiramente adota para este tipo de composição.
Pássaros, riachos murmurantes, rápida tempestade, cães latindo ao longe, ninfas e pastores dançando ao som de gaitas de fole, celebram o clima da Primavera.
O Verão começa sugerindo um calor abrasador! Seguindo o chamado de pássaros e uma suave brisa, explode uma grande tempestade “sacudindo os céus e derrubando o milharal”, descreve o poema.
Com os camponeses festejando a colheita com cantos e danças tem início o Outono. A celebração prossegue com muito vinho o que faz com que rapidamente todos adormeçam. Findo o repouso, uma alegre melodia anuncia o início das caçadas.
O Inverno começa descrevendo o “cruel impacto do vento”. Seguem sons de batidas de pés e ranger de dentes, num esforço feito pelos camponeses de se aquecerem –  o que acontece em seguida, quando conseguem  refugiar-se do frio ao lado de uma lareira. Mas, logo lufadas do vento invernal retornam…

Mayra Lima é violinista da OSUSP

Em junho, OSUSP faz apresentações no Campus da Capital, na Sala São Paulo e no SESC Santo André
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