
Unidade de ensino: Escola de Comunicações e Artes – ECA
Curso: Doutorado em Artes Visuais
Sem Título
Sem Título tem exibição no formato de áudios, feitos através da transcrição das frases de texto para áudios com vozes sintetizadas por computador (vozes robóticas).
As frases procuram dialogar com o espectador ao utilizarem, em algumas delas, o pronome de tratamento “você” e pronomes possessivos na segunda pessoa.
Procura trazer reflexões sobre o tempo, a existência, relações e comportamentos sociais. Partindo de ficções exageradas, ironizam, através de criações de situações irreais, sobre como lidar com o tempo, com a existência e etc. Tratam, no geral, dos diferentes modos de existência social: repetitivos, mecanizados, ficcionais (diante de diversas situações), poéticos, surreais (que dialogam ironizando e em algumas vezes resistindo à mecanicidade diária).
Algumas frases se referem a absurdos, como: controlar emoções, reservando horários para chorar ou negociar o tempo através de devoluções e empréstimos. Algumas vezes, as falas se ligam à ficção científica, recursos futurísticos, exemplo: sintetizar sentimentos ou questionar o espectador com perguntas existenciais: “o que deu certo?”.
Com esse formato de exibição em áudio por vozes sintetizadas, procuro trazer um estranhamento quando abordo sentimentos, modos de vida e de se comportar sendo proferidos por vozes robóticas, tratando um pouco do pós-humano e trazendo uma ambiguidade tanto sobre quem está falando aqueles áudios é um robô? é um humano usando vozes sintetizadas? Os robôs terão sentimentos, comentarão sobre a existência, sobre sentimentos futuramente?