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TUSP apresenta a quinta edição do programa Ensaios Coreográficos

TUSP apresenta a quinta edição do programa Ensaios Coreográficos

Comunicação - PRCEU - 27/10/2022

Incunábula de Roberto Alencar/Foto: Zeca Bittencourt

Com uma dramaturgia poética, o espetáculo é centrado no trabalho do elenco utilizando elementos do teatro, dança, cantos de trabalho e canções tradicionais infantis.

 

Entre 10 e 13 de novembro, o Teatro da USP realiza a quinta edição do programa Ensaios Coreográficos, com o tema Artífices do corpo. Os encontros se realizam  de quinta a sábado às 20 horas, e domingo às 18 horas, com entrada gratuita. 

Ensaios Coreográficos reúne, a cada encontro, dois artistas e um mediador para a apresentação de ensaios abertos, revelando algumas das especificidades dos artistas, seguidos de debates sobre seus diferentes modos de organização e de como se dá a mediação entre os artistas, a linguagem e o público.

Este programa de ação continuada do TUSP tem o objetivo de reunir artistas e pesquisadores das mais variadas tendências em dança, performance  e artes do corpo. Em sua edição inaugural, em 2018, o programa recebeu da Cooperativa Paulista de Dança o Prêmio Denilto Gomes em Difusão em Dança.

 

Programação:

Quinta, 10 de novembro, às 20 horas
Artistas: Raul Rachou e Wolnei Macena
Provocador: Ipojucan Pereira

 

Raul Rachou // “azul sem jardim”, um ensaio fora do texto
Experimento, no processo de criação e encadeamento do discurso do corpo que se  organiza em dança, dissecado do seu texto original de azul-jardim, dirigido por Renan  Marcondes, trabalho que comenta o filme Blue e o romance do artista com o seu diretor, Derek Jarman.  

Wolnei Macena // Jiva, a Alma
Releitura de uma obra original de 1990, inspirada na escritura sagrada da Índia Antiga,  o Srimad Bhagavad Gita, interpretada por um dos seus grandes mestres Sua Divina Graça Srila Bhakti Raksak Sridhar Dev-Goswami Maharaj. Nesta atualização, as  instalações se fazem presentes ilustrando não só a reflexão do artista, mas, também,  sensibilizando aquilo que está dentro de cada um de nós, a alma. 

 

Sexta-feira, 11 de novembro, às 20 horas
Artistas: Rubia Braga e Osmar Fusion
Provocadora: Clélia Plácido 


Rubia Braga // Formas Provisórias
O trabalho solo investiga o movimento como uma ação de presentificar: tornar(-se)  presente, real. Na relação entre o corpo e o intangível, o que se pode entrever? Divisar?  Aqui o movimento é experienciado na sua concretude e evanescência, em que aquilo que se dá a ver logo se transmuta em outros estados presentes do corpo. Uma tessitura fragmentada, incompleta e indistinta. Uma errância corporal ensimesmada.  Uma carto(coreo)grafia de ausências. 

 

Osmar Fusion // Gesso
Proposta que nos leva a refletir sobre tudo que nos paralisa, nos reprime, nos revolta,  nos deixa estagnados, ou nas muitas das vezes que pensamos estar livres e algo vem  e nos aprisiona e nos deixa imóveis. E mesmo assim lutamos, buscamos meios e  motivos para seguir em frente, como água correndo em direção ao mar. 

 

Sábado, 12 de novembro, às 20 horas
Camila Venturelli / Marta Soares
Provocadora: Valéria Cano Bravi

 

Camila Venturelli // Partituras para mãos 

Situações coreográficas que propõem experiências de  encontros através das mãos. Tendo partituras verbais como ponto de partida, cada  encontro de mãos tece diferentes dramaturgias de tensões e afetos, gerando relações  dinâmicas, poéticas e imprevisíveis. 

Marta Soares // Processo de Criação Bondages 

Palestra performance que tem por foco o processo de criação do espetáculo  Bondages, cujo ponto de partida é uma série fotográfica desenvolvida pelo fotógrafo  surrealista alemão Hans Bellmer nos anos 50, durante a qual ele submeteu o corpo  feminino à experimentação direta através de amarrações que tiveram como objetivo a sua remodelação a partir de dobras que foram fotografadas de diferentes pontos de  vista. 

 

Domingo, 13 de novembro, às 18 horas
Claudia Palma / Roberto Alencar
Provocadora: Miriam Druwe

 

Claudia Palma // Um outro corpo: desdobramentos 

As veias correm pelo meu corpo, pelas minhas pernas, pela minha boca. Captar o mundo e devolver a ele. A força dos cataclismos de que somos vítimas como  sujeitos de uma sociedade inquieta, violenta e depressiva dirigiu nosso olhar para o  mundo interno dos gestos e movimentos que trazem consigo uma carga expressiva capaz de acordar a memória de “um outro corpo”. Um corpo talvez mais sensível e  desperto para a realidade simbólica do mundo interior, ao investigar questões  relacionadas com amor e morte, a partir de imagens corporais carregadas de memória  e repletas de sons e silêncio. 

Roberto Alencar // Incunábula  

Performance solo que evidencia o processo de construção de imagens e  corporalidades produzidas por um artista que desenvolve, há mais de uma década, uma pesquisa de linguagem que foca no trânsito do corpo entre a dança e o desenho.  

 

Quem são

Raul Rachou estudou dança moderna com Ruth Rachou e dança contemporânea com Helena  Bastos. De 1979 a 2015, dirigiu a Escola de Dança Ruth Rachou. Criador-intérprete do  Grupo Musicanoar desde 1993, pertence à primeira geração de instrutores de pilates  em São Paulo, atuando desde o início da década de 90 e desenvolvendo desde então  uma abordagem muito própria em relação a este método, designada por ele, pilates  somático.  

Wolnei Macena é multiartista que atua como performer explorando o movimento através da dança e das  artes visuais. Como bailarino atuou no Ballet Teatro do Bexiga, Ópera Paulista, Canvas entre outras. Como coreógrafo, seu trabalho Re-verso foi vencedor do Duo 60+ no Festival de Joinville/2022 interpretado por Eliana Favarelli e Beto Regina. Como  intérprete-criador concebeu nos últimos 3 anos as obras: O tanto que te quis, Jiva, a  Alma, ANATTA Insubstancialidade, contemplado no edital Acessibilidança/FUNARTE,  Mandala, finalista do Dancine Festival e Abraça-me. 

Ipojucan Pereira é doutor em Artes Cênicas pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP e docente na Universidade Anhembi Morumbi  (UAM). Autor do livro O Teatro Essencial de Denise Stoklos: caminhos para um  sistema pessoal de atuação, atualmente desenvolve uma pesquisa sobre  Mascaramento Espacial. É diretor e ator do grupo teatral Isla Madrasta, tem uma  experiência ligada ao teatro físico, do contato com a Dança Contemporânea, a  mímica, a performance e o teatro de formas animadas.  

Rubia Braga é artista do corpo, pesquisadora e criadora em dança. Bacharel em comunicação das artes do corpo pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, fez uma longa formação em estudos de corpo e  movimento no Estúdio Nova Dança (SP) e estudou práticas orientais de movimento. Criou o solo de dança Zona Provisória, o qual se desdobrou em alguns outros trabalhos-experiências Frestas e Fugaz (ou sobre aquilo que me escapa). Durante sete anos integrou, como bailarina convidada, o Núcleo Artístico da artista da dança Vera Sala, colaborando na pesquisa e criação de diversos trabalhos.  

Osmar Faria é praticante e pesquisador das danças urbanas há 30 anos. Atua como diretor, coreógrafo e dançarino da Cia Fusion Funk São José dos Campos (SP). É arte-educador há 21 anos, passou por vários projetos e programas no Vale do Paraíba e São Paulo,  dentre eles o Vocacional e Programa e as Fábricas de Cultura. Lecionou danças urbanas por dois anos em Barcelona, é produtor cultural dos eventos Hip Hop Don’t  Stop, Sexta na Vila, Ajas Jam Groove, Danças Sociais: Vivências de Funkstyle e Segue o Baile: Bailes Black no Vale, e dono da marca Life Style. 

Cléia Plácido é bailarina, atriz, budista, e mestranda em Artes pelo Instituto de Artes da UNESP. Busca  em sua pesquisa desvendar dramaturgias para um corpo afrodiaspórico. Praticante de  capoeira angola, educadora do movimento somático BMM, artista educadora,  cofundadora e diretora do Núcleo de Dança Menos 1 Invisível. Em 2021 dirigiu  “Poemas Atlânticos” contemplado pelo 28º edital de fomento à Dança e recebe o  prêmio PROAC LAB 39 por Histórico e Trajetória em Dança. Atualmente desenvolve o  projeto “Refúgio” contemplado pelo 32º edital de fomento à Dança. 

Camila Venturelli é artista da dança, pesquisadora e professora. Mestre em Artes Cênicas pela USP,  bacharel em Comunicação das Artes do Corpo pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, fundou e dirige, desde 2015, o Laboratório de Manuseio Coreográfico, plataforma de pesquisa e criação em  dança com a qual estabelece diferentes parcerias para o desenvolvimento de uma  pesquisa interessada nas relações entre gesto, cotidiano e coreografia. Como  bailarina, coreógrafa e preparadora corporal, desenvolve também outros projetos em  parcerias com artistas e companhias.  

Marta Soares é performer e coreógrafa. Entre os seus trabalhos destacam-se: Les Poupées  (Prêmio APCA 1997), O Banho (Prêmio APCA 2004), Vestígios (Prêmio APCA 2010), Deslocamentos e Bondages (Prêmio Denilto Gomes 2017). Recebeu a bolsa para artistas da Fundação Japão através da qual estudou dança butô com Kazuo Ohno em Tóquio e a bolsa para pesquisa e criação artística da Fundação John Simon Guggenheim. É mestre em comunicação e semiótica e doutora em psicologia clínica  pela PUC-SP, onde lecionou no programa de comunicação das artes do corpo  (1999/2012).  

Valéria Cano Bravi é pesquisadora, coreógrafa e professora universitária. Desde de 1996 pesquisa questões da dramaturgia e antropologia do corpo, acompanhando e participando de diferentes processos de criação dançantes. Foi docente e coordenadora do curso de dança em licenciatura e bacharelado da Universidade Anhembi Morumbi (1999-2019). É mestre  em artes cênicas, bacharel em Ciências Sociais com pós-graduação em  antropologia, todas pela USP.. 

Claudia Palma é diretora artística da iN SAiO Cia. de Arte Companhia de Dança Independente da cidade de São Paulo. Graduada pela Faculdade de Educação Física de Santo André(Fefisa), sua formação em dança abrange as técnicas clássica e moderna, e as múltiplas tendências relacionadas à área da dança contemporânea. Foi coordenadora de equipe no Projeto Vocacional Dança – SMC/DEC e vice-presidente da Cooperativa Paulista de Dança. É professora no curso de pós-graduação em dança e consciência corporal na Universidade Estácio de Sá, Faculdades Metropolitanas (FMU) e Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). É eutonista e trabalhou com grandes companhias como Balé da Cidade de  São Paulo, Cia. Cisne Negro, República da Dança e Grupo de Dança Casa Forte. 

Roberto Alencar é ator, bailarino, coreógrafo e artista visual. Fundou em 2010 a Companhia Incunábula  para pesquisar diálogos e interações entre a dança contemporânea e as artes visuais.  Concebeu e dirigiu os espetáculos Um Porco Sentado (2010), Alfaiataria de Gestos (2012), Zoopraxiscópio (2014), Aglomerado (2020) e O Olho da Agulha (em  parceria com Laboratório Siameses, 2022). Por onze anos integrou o elenco da Cia. Carne Agonizante, sob direção de Sandro  Borelli, e desde 2014 faz parte do coletivo GRUA – Gentlemen de Rua. 

Miriam Druwe é graduada em Artes Visuais pela Faculdade Paulista de Artes. Diretora, intérprete e criadora com formação clássica e moderna, participou das principais companhias profissionais de dança de SP como Balé da  Cidade de SP, Cisne Negro Cia de Dança, Republica. Diretora e coreógrafa da Cia Druw.  Foi premiada em 1993 pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) como melhor bailarina, e indicada ao mesmo prêmio em 2019 como intérprete. Desde 1996 vem desenvolvendo uma linguagem própria estruturada em aulas de dança contemporânea, criação e composição para companhias profissionais  e projetos de formação.

Serviço

 

V Ensaios Coreográficos: Artífices do Corpo

 

Onde Teatro da USP 

Rua Maria Antônia, 294 – Vila Buarque – São Paulo, SP (próximo às estações Higienópolis e Santa Cecília do metrô)

Quando | De 10 a 13 de novembro | quinta a sábado, às 20 horas, domingo às 18 horas

Classificação | 14 anos

Quanto | Gratuito

Capacidade | 90 lugares

Informações | (11) 3123-5222

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