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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
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Acesso a serviços de saúde e seguimento de crianças expostas à sífilis ou ao HIV

Acesso a serviços de saúde e seguimento de crianças expostas à sífilis ou ao HIV
  • 2019
  • Tese

Fonte

Universidade de Fortaleza – BDTD – Biblioteca Digital de Teses e Dissertações

Autoria

Roumayne Fernandes Vieira Andrade

Resumo

O acesso a serviços de saúde e o seguimento de crianças expostas à sífilis ou Human Immunodeficiency Virus (HIV) envolvem aspectos que vão além do setor saúde. Dependem de um conjunto de fatores que podem ser sucintamente divididos em fatores determinantes da oferta e determinantes da demanda. A recomendação é que toda criança cuja mãe é soropositiva para sífilis e/ou para o HIV seja acompanhada sistematicamente por pelo menos dois anos na Atenção Básica e/ou em serviços de referência. Este estudo teve como objetivo analisar o acesso de crianças expostas à sífilis e ao HIV a serviços de saúde e ao seguimento sorológico no município de Campina Grande. Trata-se de um estudo transversal, realizado com 66 os casos de sífilis congênita e 22 de gestantes com HIV, ocorridos no período de julho de 2014 a julho de 2016 no município de Campina Grande. A coleta de dados foi realizada através da aplicação de um questionário respondido pelas mães ou pelos cuidadores das crianças. Para a análise de acesso ao serviço de atenção básica e de seguimento, foi utilizado o modelo hierarquizado dos componentes individuais de acesso: Componente Predisponente (Características sociais, demográficas e individuais), Componente Capacitante (Características socioeconômicas) e Componente Necessidade de Saúde (condições de saúde). Os resultados da pesquisa apontam que realizar menos de seis consultas de pré-natal (OR=3,41; IC95% 1,01-11,50; p=0,004), criança ser acompanhada no serviço especializado (OR= 3,16; IC95%1,13-8,78), e a mãe usa drogas (OR=9,15; IC95% 1,71-48,76) foi associado com o desfecho acompanhamento inadequado na atenção básica. Cor da pele materna parda ou negra (OR=11,56; IC95% 2,15-62,09; p=0,004), gravidez indesejada (OR=0,20; IC95% 0,04-0,81; p=0,02), número de consultas menor que seis (OR= 7,17; IC95% 1,52-33,83), criança acompanhada na atenção básica (OR=4,64; IC95% 1,73-12,44) e criança acompanhada no serviço especializado (OR= 20,03; IC95% 4,94-81,15) foi estaticamente significante com o desfecho seguimento sorológico inadequado. Os dados deste estudo revelam que, apesar dos avanços, inquestionáveis, conquistados desde a criação do SUS, ainda persistem desafios relacionados ao acesso aos serviços de saúde. Assim, é necessário considerar a relação entre as condições socioeconômicas, a estrutura do sistema de saúde e as necessidades de saúde da população estudada.

Tese

 

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