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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
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Atitudes e conhecimento dos médicos infectologistas sobre profilaxia pré-exposição do HIV

Atitudes e conhecimento dos médicos infectologistas sobre profilaxia pré-exposição do HIV
  • 2019
  • NataliaBarrosCerqueira

Fonte

Biblioteca Digital da USP

Autoria

Natalia Barros Cerqueira

Resumo

A prescrição da profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP) depende de avaliação subjetiva da vulnerabilidade. Neste estudo propusemos descrever o grau de conhecimento, preocupações e intenção de prescrição de PrEP entre médicos infectologistas (MI). Utilizamos um questionário eletrônico anônimo incluindo informações demográficas, atitudes e conhecimentos sobre PrEP entre MI. A intenção de prescrição de PrEP foi avaliada em 3 casos clínicos hipotéticos com pacientes de alta vulnerabilidade ao HIV. Uma única caraterística de cada caso (homem vs mulher transgênero; usuários drogas recreativas vs não usuários; nível socioeconômico alto vs baixo) foi intencionalmente alterada, gerando 2 grupos distintos de casos hipotéticos que foram distribuídos aleatoriamente aos MI. Para cada caso, o MI indicou sua intenção de prescrição de PrEP, adesão esperada e antecipação de compensação de risco. 370 MI com idade mediana de 42 anos responderam ao questionário. A maioria dos MI reportou estar informado/bem informado sobre PrEP (75%) e acreditar na necessidade da implementação da PrEP (69%), embora preocupações em relação à adesão (49%), efeitos colaterais (38%), aumento de infecções sexualmente transmissíveis (38%) e compensação de risco (28%) tenham sido citadas. Não encontramos diferenças estatisticamente significantes na intenção de prescrição de PrEP ou percepção de compensação de risco nos diferentes casos clínicos. Dificuldades de adesão foram mais frequentemente antecipadas em usuários de drogas recreativas comparados a não usuários (37% vs. 16%, p < 0,001). MI que declararam ter uma religião relataram preocupação com compensação de risco mais frequentemente que aqueles declarados ateístas (72% vs 46%, p < 0,001). Nosso estudo sugere que, embora a maioria dos MI tenha reportado atitude positiva em relação à PrEP, preocupações em relação à PrEP são frequentes, e crenças e percepções pessoais podem influenciar a implementação da PrEP no Brasil.

NataliaBarrosCerqueira

 

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