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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
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Avaliação do acesso de homens que fazem sexo com homens à testagem e tratamento precoce do HIV no Centro de Orientação e Aconselhamento de Curitiba

Avaliação do acesso de homens que fazem sexo com homens à testagem e tratamento precoce do HIV no Centro de Orientação e Aconselhamento de Curitiba
  • 2019
  • ve_Vanda_Lucia_ENSP_2019

Fonte

Repositório Arca Institucional da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

Autoria

Vanda Lúcia Cota

Resumo

Curitiba foi escolhida entre outras cidades para um projeto de ciência de implementação, o A Hora é Agora (AHA), por ter uma epidemia concentrada em Homens que fazem Sexo com Homens (HSH). O AHA visava ampliar o acesso dos HSH à testagem do HIV e facilitar o tratamento precoce. Esse estudo avaliou o acesso dos HSH no Centro de Orientação e Aconselhamento – COA (uma das estratégias do AHA) de Curitiba e a sua vinculação ao tratamento, a partir do AHA, com base nas dimensões de acomodação, aceitabilidade, acessibilidade e oportunidade, na visão dos usuários, profissionais de saúde e gestores. Trata-se de um estudo de caso, utilizando métodos mistos, analisados por triangulação e complementaridade. Os resultados apontam que houve um aumento de 54,7% de testes realizados em HSH no COA, comparando aos três anos anteriores ao AHA e os três anos após o projeto. Todos os usuários entrevistados se sentiram acolhidos e bem atendidos no COA, mas expuseram a necessidade de aumentar o horário de atendimento. O COA é considerado um local de fácil acesso geográfico, porém pouco conhecido, não há informação na mídia a não ser do projeto AHA. Observou-se também um alto nível de escolaridade dos usuários atendidos (mais de 90% com ensino médio completo ou mais). Os usuários citaram falta de informação, medo, homofobia e vergonha como principais barreiras para se chegar aos HSH. O estigma e a discriminação ainda é uma realidade no COA, o que indica a necessidade de capacitação dos profissionais. 345 usuários diagnosticados foram acompanhados pelo linkador até o início do tratamento e 86% deles iniciaram a terapia antirretroviral em uma média de 75,5 dias. Todos os entrevistados ressaltaram a importância do linkador nesse acompanhamento. Dificuldade na aceitação do diagnóstico, cadastro na Unidade Básica de Saúde, preconceito e discriminação, foram algumas barreiras encontradas para o início do tratamento. Pode se concluir que o projeto AHA ajudou plenamente na ampliação do acesso de HSH no COA, além de ter proporcionado profissionais capacitados para ajudar na redução do tempo entre diagnóstico e tratamento.

 

ve_Vanda_Lucia_ENSP_2019

 

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