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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
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Efeitos arteriais da ativação de células T, monócitos e da imunidade ao Citomegalovírus (CMV) em crianças e adolescentes com infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).

Efeitos arteriais da ativação de células T, monócitos e da imunidade ao Citomegalovírus (CMV) em crianças e adolescentes com infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).
  • Efeitos arteriais da ativação de células T, monócitos e da imunidade ao Citomegalovírus (CMV) em crianças e adolescentes com infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).

Fonte

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP

Autoria

Fernanda Tomé Sturzbecher

Resumo

A infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) pode predispor à presença de fatores de risco cardiovascular e promover a ativação do sistema imunológico, contribuindo para a formação de lesões ateroscleróticas. A existência de coinfecções, como pelo Citomegalovírus (CMV) e a ativação imunológica inespecífica poderiam intensificar o processo de inflamação crônica e acelerar os danos vasculares decorrentes desta. O objetivo principal deste estudo foi avaliar se a recorrência da infecção pelo CMV, a magnitude da resposta imunológica específica ao CMV ou da ativação inespecífica de células T e monócitos associava-se ao aumento da espessura das camadas média e íntima das carótidas (cIMT) em crianças e adolescentes coinfectados pelo HIV e CMV. Consistiu-se de um estudo longitudinal, em que 40 crianças e adolescentes coinfectados pelo HIV e CMV foram acompanhados por 2 anos. Periodicamente avaliou-se a presença de recorrência do CMV, com o uso de detecção de DNA do CMV no soro por meio da técnica de Reação em Cadeia da Polimerase; a ativação imunológica perante este vírus com o ensaio do Quantiferon CMVR, a dosagem de anticorpos IgM e IgG contra o CMV. Também, nós medimos a ativação imunológica inespecífica de células T usando a dosagem do receptor I de TNF solúvel (sTNFRI) e a quantificação da presença HLADR+CD38+TCD8+; e a de monócitos por meio da dosagem de CD14 solúvel (sCD14). Para caracterizar adicionalmente as crianças estudadas, outros parâmetros foram registrados periodicamente: 1-Relativos à infecção pelo HIV: parâmetros clínicos e quantificação de linfócitos CD4+/CD8+ e de RNA-HIV; 2-Parâmetros antropométricos: Peso, estatura, circunferência abdominal e Índice de Massa Corporal (IMC); 3-Parâmetros Laboratoriais: lipoproteínas, glicemia, insulinemia, hemoglobina glicosilada e cálculo do índice HOMA IR. Devido à baixa incidência de recorrência da infeção pelo CMV (0,97/100 pessoas-mês) não foi possível analisar este fator no presente estudo. De maneira geral, na entrada do estudo aespessura da íntima/média das artérias carótidas da maioria (70%) dos adolescentes situava- se acima do Percentil 75 da distribuição de referência, sendo que durante o período de 2 anos não ocorreu incremento significativo da medida desse parâmetro arterial. Não foi identificada associação entre a magnitude da ativação da imunidade específica ao CMV e a evolução da cIMT ao longo de dois anos. Apesar de ter sido detectado que pequenos incrementos nos indicadores de ativação imunológica inespecífica (TNRFI, sCD14 e/ou HLADR+CD38+) associaram-se a discretas reduções da cIMT ao final de dois anos, a ativação imunológica de células T e monócitos não se associou ao incremento da espessura da íntima/média arterial durante esse período de tempo. Embora não tenhamos confirmado a nossa hipótese, dados obtidos nesse estudo podem se tornar referencia para planejamento de estudos mais amplos e com maior período de observação.

 

Efeitos arteriais da ativação de células T, monócitos e da imunidade ao Citomegalovírus (CMV) em crianças e adolescentes com infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).

 

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