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Existências positHIVas : um blog como (não)lugar e modos outros de [r(e)]existir com HIV

Existências positHIVas : um blog como (não)lugar e modos outros de [r(e)]existir com HIV
  • 2018
  • CE_EDM_Dr_2018_Bastos_Vinícius_C

Fonte

Biblioteca Digital da Universidade Estadual de Londrina

Autoria

Vinícius Colussi Bastos

Resumo

No Brasil, os números de novas infecções com HIV tem crescido principalmente entre a população jovem, de tal maneira que a epidemia voltou ao foco das discussões em gestão de saúde pública. Apesar das novas tecnologias de prevenção e tratamento eficazes no controle biológico da ação do vírus, o estigma social associado a figura do HIV tem sido um dos principais desafios para o enfrentamento da epidemia. Esse cenário de contradiçoes despertou meu interesse em produzir essa pesquisa e a questionar: como pode um corpo que vive com HIV ou AIDS produzir vida afirmativa diante a tantos mecanismos sociais que reduzem sua vontade de potência? Por que corpos soropostivos ao HIV são postos a crer que não podem produzir vida? Neste trabalho, analisei potencialidades de um blog de divulgação de informações sobre HIV e AIDS em proporcionar a criação de modos de existência outros no contexto atual da epidemia. Por meio de uma análise afetivo-investigativa, com intercessores da filosofia da diferença e estudos culturais, foi possível identificar mecanismos culturais que produzem uma figura monstruosa do HIV, intensificadora de medos e fluxos que estratificam os corpos soropositivos ao vírus, levando-os a uma experiência com a linha do Fora. Bem como, a partir desse estado redutor da vontade de potência, reconhecer movimentações que proporcionam a criação de existências afirmativas com HIV. Destaco que por meio da interatividade estabelecida no blog, corpos que nele se conectam, fazem rizoma e dobram as forças do Fora, produzindo diferenças que abrem novos possíveis à existência com o vírus. Modos outros em puro devir. Movimentações estético-ético-políticas que denominei de dobras da positHIVação. Diante disso, uma educação em saúde menor passa a funcionar com o blog, uma vez que há: a desterritorialização da lingua, com a transvaloração da figura do HIV; a ramificação política, por meio de conexões que proporcionam a criação de modos existência outros com o HIV; e valor coletivo devido aos agenciamentos multiplos que são produzidos e circulados. Nesse processo educativo menor não há a imposição de modelos formativos, de modos de ser e agir, ou currículos a serem seguidos. São os não-lugares estabelecidos com os fluxos circulados no blog que favorecem o acontecimento de uma educação em saúde menor conectada com a imanência da vida, tão nômade e efêmera quanto aquilo que é capaz de gerar: vidas que reexistem com HIV

 

CE_EDM_Dr_2018_Bastos_Vinícius_C

 

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