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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
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Histórias posit(HIV)as de gays e pessoas trans: dos estigmas à cidadania

Histórias posit(HIV)as de gays e pessoas trans: dos estigmas à cidadania
  • 2019
  • Históriasposit(HIV)as_Silva_2019

Fonte

Repositório Institucional da UFRN

Autoria

Felipe Cazeiro da Silva

Resumo

A partir da articulação discursiva biomédica-midiática pautada pelo desconhecimento dos fatores etiológicos do HIV e de sua fisiopatologia sendo identificada estritamente como de responsabilidade de homossexuais, pessoas trans, estrangeiros, imigrantes e turistas, especialmente africanos e haitianos, e usuários de drogas injetáveis no início da grande epidemia da Aids, na década de 80, tem-se alguns desdobramentos iniciais que potencializaram a estigmatização sobre determinadas populações. Os tempos são outros? Décadas de silenciamento, mitos de superação da epidemia e uma reação dos setores reacionários ao aumento das pautas políticas sociais trazem a consequência da permanência do preconceito e das políticas de extermínio que dizem respeito a toda a estrutura social conservadora que se acirra. Portanto, a presente pesquisa objetivou compreender as produções de sentidos sobre HIV/AIDS nas histórias de vidas de jovens Gays, Travestis e Transexuais soropositivos em Natal/RN. Trata-se de uma pesquisa qualitativa articulada a hermenêutica biográfica por esta trabalhar mais concretamente com as narrativas de histórias de vidas, além de ser orientada pela perspectiva do construcionismo social em que se debruça especialmente em ilustrar os processos pelos quais as pessoas lidam com o mundo a sua volta, incluindo elas mesmas, estando particularmente interessado pelas práticas discursivas, linguagens e interações sociais. Deste modo, foi possível não apenas distinguir, no ato de contar dos participantes, o que seria da ordem do coletivo e o que seria da ordem do individual, e sim para darem-se os meios de apreender e compreender os espaços-tempos singulares que cada um configura a partir da conjugação de sua experiência soropositiva (e da historicidade de sua experiência), dos mundos-de-vida, dos mundos de pensar e agir comuns de que participam através de uma mirada social, histórica e politicamente localizada. Durante todo o trabalho, delineou-se alguns confrontos com os regimes de verdade (re)produzidos no HIV não numa tentativa de estabelecer outros regimes, mas no intuito de adicionar forças para outras inteligibilidades e realidades posto que a construção de melhores respostas a doença é uma tarefa infindável, urgente e necessária. Certamente ainda há muito que se avançar!

Históriasposit(HIV)as_Silva_2019

 

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