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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
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Mortalidade por Diabetes Mellitus e fatores associados à doença cardiovascular em uma coorte de pacientes infectados pelo HIV

Mortalidade por Diabetes Mellitus e fatores associados à doença cardiovascular em uma coorte de pacientes infectados pelo HIV
  • 2018
  • ve_Rodrigo_de_Carvalho_ENSP_2018

Fonte

Repositório Arca Institucional da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

Autoria

Rodrigo de Carvalho Moreira

Resumo

A introdução e uso em larga escala da terapia antirretroviral combinada (TARV) em pacientes infectados pelo HIV ocasionou um profundo impacto no perfil de morbimortalidade desses pacientes. Com isso, aumentou o tempo de exposição desses indivíduos a fatores de risco cardiovascular, ligados ou não à imunodeficiência, com a consequente alteração das causas de morbimortalidade para aquelas não exclusivamente relacionadas à AIDS. Neste contexto, estratégias para a detecção precoce da aterosclerose subclínica e da DCV clínica poderiam levar a uma prevenção primária mais eficaz e reduzir a morbimortalidade em pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA), particularmente naqueles de maior risco, como os com DM. Os objetivos do projeto foram: (1) estudar a associação entre DM e mortalidade em pacientes infectados pelo HIV; (2) investigar a associação entre infecção pelo HIV e alterações na velocidade de onda de pulso (VOP); (3) descrever a incidência e avaliar os fatores associados a aterosclerose e eventos cardiovasculares em uma coorte de PVHA. Como principais resultados encontramos primeiramente que o DM foi associado a aumento na mortalidade em PVHA, em comparação com indivíduos sem esta comorbidade. Posteriormente, verificamos que a infecção pelo HIV não foi associada a maior rigidez aórtica em PVHA, comparada a outros dois grupos não infectados. A rigidez das grandes artérias foi associada a fatores de risco tradicionais, principalmente a adiposidade abdominal. Finalmente, na análise do terceiro artigo encontramos que os fatores de risco tradicionais e relacionados ao HIV foram associados à incidência de DCV, sendo observado um gradiente de risco para o tabagismo. Adicionalmente, a estimativa de risco absoluto pelo algoritmo DAD foi a que mais se aproximou dos percentual de eventos observados. Concluímos a partir destas observações em conjunto que uma além das medidas usuais no acompanhamento de PVHA como por exemplo o uso de TARV e o controle da carga viral, é imprescindível implementar de forma rotineira uma avaliação mais criteriosa dos fatores de risco tradicionais para o desenvolvimento de DCV como medida efetiva para a prevenção primária nesta população, que envolveria principalmente intervenções para o controle do peso, a cessação do tabagismo e o acompanhamento da diabetes mellitus e suas complicações. Estas medidas apresentam potencial impacto para a saúde pública no país, se aplicadas a nível populacional.

ve_Rodrigo_de_Carvalho_ENSP_2018

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