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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
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Prevalência da síndrome metabólica em pacientes adultos vivendo com HIV em terapia antirretroviral

Prevalência da síndrome metabólica em pacientes adultos vivendo com HIV em terapia antirretroviral
  • 2020
  • Diego Rodrigues

Fonte

Biblioteca de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Ponta Grossa

Autoria

DIEGO OSMAR RODRIGUES

Resumo

Introdução: A terapia antirretroviral (TARV) mudou a história natural da infecção pelo HIV, com declínio nas infecções oportunistas e redução na mortalidade, entretanto a TARV, está associada a alterações metabólicas que podem levar a síndrome metabólica (SM), um dos principais fatores de risco para doença cardiovascular (DCV). Objetivo: Investigar a prevalência e fatores associados à síndrome metabólica em adultos vivendo com HIV/AIDS em TARV. Método: Este estudo foi dividido em dois capítulos. No primeiro, trata-se de um estudo com dados secundários por meio de uma revisão sistemática de literatura e meta- análise com o tema “prevalência da síndrome metabólica em pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA) em TARV”. No segundo capítulo foi realizado um estudo epidemiológico transversal com 265 pacientes vivendo com HIV/AIDS. Os dados foram coletados no SAE do município de Ponta Grossa – Paraná, no período de 2018 e 2019. As informações foram obtidas mediante aplicação de questionários estruturados, exames clínicos, antropométricos e bioquímicos. O diagnóstico da síndrome metabólica levou em consideração os critérios propostos pelo Nacional Cholesterol Education Program – Adult Treatment Panel III (NCEP ATP III). Foram estimadas razão de prevalência e seus respectivos intervalos de confiança de 95% e nível de significância estatística de 5%. A análise multivariada foi construída usando a regressão de Poisson. Resultados: Estudos de cinco continentes foram representados na revisão sistemática e meta-análise, a maioria deles na América. O critério mais frequente utilizado na revisão foi a definição do NCEP ATPIII. A prevalência global de SM entre PVHA foi de 26% independentemente da TARV utilizada, comparável à prevalência geral nas regiões desenvolvidas. No estudo epidemiológico houve predomínio de pessoas brancas, com idades média de 44,3 anos, sexo biológico masculino, casados ou união estável com comportamento heterossexual, o modo de transmissão mais frequente foi o sexual, com predomínio de renda e escolaridade baixa. A prevalência de síndrome metabólica foi 32,5% e os fatores que estiveram associados a SM foram faixa etária 50 a 59 anos (OR=8.06; IC95%=2.42; 26.84) e sexo biológico feminino (OR=1,83; IC95%=1.06; 3.15). Conclusão: Esta revisão sistemática fornece uma visão global essencial sobre a prevalência da SM na população de HIV em TARV e para direcionar estudos futuros. A prevalência da síndrome metabólica e sua associação com o uso da TARV encontradas no estudo epidemiológico reforçam a necessidade de identificação de indivíduos e grupos populacionais com maior vulnerabilidade à ocorrência de DCV.

 

Diego Rodrigues

 

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