Fonte
Repositório UFSC.
Autor
Maria Zanela.
Resumo
A corporalidade aparece como questão central a ser investigada neste trabalho. O objetivo geral desta intervenção textual é analisar as dimensões estéticas e os códigos de conduta da/na corporalidade travesti, a partir da experiência com a prostituição de rua, como o lugar de constituição de uma travestilidade. A fundamentação da autoetnografia está baseada em Santos (2017), mas utilizo a Autoetnografia Travesti para a realização deste trabalho, trazendo a Memória da Autora como percurso indispensável à análise, intercruzando experiências e vivências entre Autora e Interlocutoras. A pesquisa incluiu para sua construção trânsitos entre ativismos, encontros e entrevistas individuais com cinco travestis, as quais residem na seguintes cidades: Balneário Camboriú (SC), Florianópolis (SC), Tubarão (SC) e Araras (SP), realizadas ao longo de 2018. As análises focalizaram três eixos principais: 1) \”Sexualidade como Trabalho\”, no qual são exploradas questões sobre a prostituição como parte das relações de trabalho e venda do sexo. 2) \”Dimensões Estéticas\”, no qual organizei narrativas sobre as dimensões estéticas que constituem as corporalidades das travestis, tendo como horizonte a Travestilidade. 3) \”Códigos de Conduta\”, no qual explorei questões acerca dos comportamentos oriundos da identidade travesti. Ao considerar, transitoriamente, pontuei os aspectos relacionados à raça, gênero, sexualidade e geração como fundamentais à construção da travestilidade.
Travestis em contextos de prostituição de rua: sexualidade como trabalho, dimensões estéticas e códigos de conduta