NASCENTE 2017 – ARTES CÊNICAS |
Código |
Nome da obra |
Descrição |
categoria |
AC-1 |
A Deus Dará – Um Tratado Sobre a Desesperança |
A Deus Dará – Um Tratado Sobre a Desesperança é um espetáculo de palhaço que tem como pesquisa os limites dessa linguagem. Três palhaços em um bunker, no subsolo de um deserto, comemorando o ano novo. Um olhar para o mundo da sobrevivência pela óptica do nariz vermelho e um destrinchar incompleto da pequenez humana. OBS: A versão completa do texto encontra-se junto do projeto. Duração: 50 min |
direção PDF |
AC-2 |
A Iminência da Morte das Plantas pelos Canhões de Guerra |
A Iminência da Morte das Plantas pelos Canhões de Guerra, do coletivo Seiva Bruta. 1968, melhor que não nos esqueçamos. Da efervescência contracultural e da intensificação da repressão com o AI-5. Inspirados no filme Os Sonhadores, de Bernardo Bertolucci, o coletivo Seiva Bruta olha para 68 como quem busca escutar os murmúrios do passado que persistem em ecoar no presente, como quem tenta captar nos gritos sufocados de uma outra geração de jovens não só os projetos de futuro não realizados mas as centelhas de esperança que, talvez, não precisem mais que um sopro ou gole de gasolina para reacender. Olhar para o passado sem nostalgia e, ao mesmo tempo, sem a frieza da objetividade que o relega à categoria do «que já passou», do «que está lá atrás» anestesiado pela distância temporal. O golpe de 2016 nos prova o contrário: o passado pode emergir no presente, a nosso favor ou, como é o caso, contra e a despeito das nossas vontades. Em 2018 o AI 5 e a intensificação da repressão por ele instaurada farão 50 anos. Nos momentos mais oníricos e delirantes da peça os atores vão a 68 e não só voltam para nos contar a história como desvelam, diante de nossos olhos, o feitiço das narrativas historicistas: no agora do instante vivo em que a peça de desenrola no palco; no agora dos golpes parlamentares-jurídico-midiáticos; no agora dos retrocessos que engolimos, persiste de forma latente a violência de 68. As lideranças camponesas e indígenas, os jovens da periferia nunca deixaram, ININTERRUPTAMENTE, de ser assassinados, 50 anos depois do brutal assassinato do secundarista Edson Luis de Lima Souto pela polícia militar durante uma manifestação estudantil, os estudantes secundarista continuam apanhando da polícia nas ruas. Nossos sonhos continuam sendo negociados e vendidos. A peça nos deixa o incômodo reconhecimento do fracasso que pesa sobre as nossas costas, sequer fomos capazes de honrar o sacrifício dos que há séculos morrem na luta por um futuro mais digno. Mas também sopra como um vendaval e derrama litros de gasolina nas centelhas de esperança que, também há séculos, vêm sendo passadas acesas de geração em geração. Não temos tempo de temer jamais. |
interpretação em grupo PDF |
AC-3 |
EXPERIMENTO A HISTÓRIA DE BERNARDA SOLEDADE |
Numa arena hexagonal conflitos de poder em torno do corpo feminino e do comando da terra são demarcados. Bernarda Soledade, donzela guerreira, subverte os paradigmas locais e arrasta sua família e comunidade numa trajetória anti-heróica brasileira. |
direção PDF |
AC-4 |
labirintos intermitentes… |
Trabalho de direção e coreografia que se utiliza das influências da dança moderna alemã para refletir e dialogar com os múltiplos caminhos de nossa sociedade; neste sentido propõem ao espectador olhar para a questão do indivíduo no mundo e das relações estabelecidas a partir do espaço e do tempo em que vivemos, levando em consideração a memória e os desejos de cada sujeito em um imenso labirinto que pode vir a ser a própria vida, o mundo e seu entorno. |
direção PDF |
AC-5 |
MACACOS |
“MACACOS” apresenta um monólogo sobre racismo e genocídio negro no Brasil. A ideia é de um espaço cênico fisicamente vazio para possibilitar a criação de diversos universos e atmosferas propostas pelo intérprete e pela direção. Temos como foco nessa encenação, o discurso, e a presença cênica ativa, a voz em percussão – para questionar alguns hinos brasileiros, por exemplo – atrelados a um corpo que preenche todo o espaço de encenação, num jogo criado entre público e ator, que em cena se multiplicará em diversos personagens para criar as situações-conflitos. É uma aposta no corpo cênico do ator como sua principal plataforma criativa. Com poucos recursos, como um batom utilizado no ato “Uma aula perdida de História” para representar a linha histórica brasileira dos últimos 517 anos, desenhada no corpo do intérprete para elucidar os casos de execução negra no país, é que a encenação de “MACACOS” se faz entendida a partir de poucos e pequenos aparatos da memória afetiva do povo brasileiro. Temos como concepção corporal a estética do corpo animalizado e do corpo denúncia. |
interpretação individual PDF |
AC-6 |
MORMAÇO – peça em quatro cortes |
Partindo da investigação da absurdidade em cena fundamentado no ensaio de Albert Camus, o projeto investiga as relações de violência e poder na crescente onda conservadora brasileira relacionada aos últimos acontecimentos políticos de nosso país. |
direção PDF |
AC-7 |
Ruídos do Inconsciente – Parte I: O Espaço Vazio |
O espetáculo Ruídos do Inconsciente – Parte I: O Espaço Vazio é a primeira parte de uma pesquisa em 3 etapas que investiga a criação de espetáculos teatrais a partir de textos escritos sob a forma de livre-associação, um mecanismo de escrita que cria textos fragmentados e repletos de lacunas, metáforas e significados em camadas mais profundas de interpretação. Nesta primeira etapa, investiga-se a forma através da qual o espetáculo se constrói sobre os aspectos de atuação. Portanto, os atores são colocados em cena com o mínimo de recursos externos e buscam apenas em sua atuação preencher o espetáculo de significado. |
direção PDF |
AC-8 |
Um Hamlet a Menos |
«Um Hamlet a Menos» é um espetáculo fruto de um Trabalho de Conclusão de Curso que aborda a tragédia shakespeariana de «Hamlet» através da perspectiva de três atrizes. Contudo, há uma ausência que se manifesta na história, a do próprio Hamlet. Assim, sem o personagem mais essencial, a peça abre-se aos demais personagens da tragédia, aos olhares das próprias atrizes e ao público que é convidado a jogar com elas. |
interpretação em grupo PDF |
AC-9 |
YERMA |
Texto do andaluz Federico García Lorca, Yerma é o poema trágico sobre a mulher dos peitos de areia. Encenado por estudantes do Departamento de Artes Cênicas da ECA USP. |
direção PDF |