Trajetória do Programa Poli-Cidadã

Trajetória do Programa Poli-Cidadã propõe reflexão
sobre novas formas de estruturar projetos de extensão na universidade

Por Marina Salles Teixeira
12/11/2013

Em entrevista para a Revista Cultura e Extensão USP, Antonio Luís de Campos Mariani, coordenador do programa Poli Cidadã e docente no Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), relata o desenvolvimento do programa de extensão que permite aos alunos e professores da Poli canalizar os seus conhecimentos em prol de iniciativas de responsabilidade social.

Criado em 2004, o programa Poli Cidadã estabelece parcerias com organismos representativos da sociedade a fim de identificar demandas com as quais a comunidade acadêmica possa se envolver. Além de estimular seus participantes a desempenharem na prática aquilo que aprenderam na sala de aula, a ideia é que os projetos tenham em vista a possibilidade de contribuir com a comunidade, de forma a ampliar o contato da universidade com o seu entorno.

Baseado inicialmente em trabalhos de conclusão de curso (TCC), o programa conta atualmente com uma nova iniciativa de formalização dos projetos junto à Academia, que está relacionada a duas disciplinas optativas abertas a todas as unidades da USP. Segundo o coordenador do programa, o importante é trabalhar a adesão às propostas desenvolvidas e manter a continuidade nas ações e projetos que atendam à determinada comunidade ou parcela da população.

Revista Cultura e Extensão USP – Como surgiu o Programa Poli Cidadã?

Antonio Luís de Campos Mariani – O programa Poli Cidadã surgiu dentro do contexto de repensar o curso de Engenharia através de um planejamento estratégico chamado projeto Poli 2015. Este planejamento foi feito em 2002 e seu objetivo era propor uma renovação em todos os aspectos do curso e da formação do engenheiro. Nesse contexto, surgiu a proposta de motivar a aproximação entre o que é feito na universidade, em nível de graduação, e os problemas da sociedade, sua demanda e necessidade tecnológica.

Esse foi um pouco do início do Poli Cidadã que começou, na verdade, em 2004, como ação do Planejamento Estratégico Poli 2015. A ideia inicial era motivar os alunos da graduação a fazerem trabalhos de formatura com temas relacionados às demandas sociais, o que resultou em projetos voltados principalmente para trabalhos de conclusão de curso, também conhecidos como trabalhos de formatura (TF).

A partir daí estabelecemos um relacionamento com instituições – que nós chamamos de organismos representativos da sociedade – e organizamos um banco de dados, para registrar quais seriam essas demandas de tecnologia aplicada ao exercício da engenharia. Desde então, já sabíamos que tinham alunos que manifestavam interesse pelo tema, mesmo sem existir formalmente esse incentivo da escola. A gente usou até alguns desses casos como exemplo e montamos esse banco de dados que está ativo até hoje no site do Poli Cidadã e pelo qual é possível ter acesso aos temas de trabalhos e às propostas de projeto.

RCE – Como se instituiu a relação entre o programa e as entidades beneficiadas logo nos primeiros anos da realização dos projetos?

ALCM – Conforme fomos cadastrando os trabalhos que tinham essas demandas, surgiram muitos projetos e muitas ideias relacionadas às mais variadas áreas da Poli, sendo que, com o tempo, passamos a ampliar um pouco a ação do Poli Cidadã para outros segmentos. Houve ações, no período de férias, voltadas para melhorias em comunidades carentes, o que nós chamamos de atividades intensivas. Essa iniciativa foi pensada em parceria com outras instituições, como a Fundação Bradesco e outras universidades como o MIT (Massachusets Institute of Technology).

Nas férias, equipes do Poli Cidadã foram para regiões onde falta apoio tecnológico e a qualidade de vida das pessoas é deficiente. Foram várias vezes para o centro do Brasil, no estado de Tocantins, lá estiveram em um assentamento próximo à aldeia indígena de Canuanã. Em contato com as pessoas do local foram identificados temas para projetos sobre questões como: qualidade da água, comunicação, qualidade do conforto térmico e do uso da ventilação. Um projeto, por exemplo, propôs-se a melhorar o ar ambiente da cozinha das casas, em função da fumaça produzida pelo uso do fogão à lenha, e reduzir problemas de contaminação.

Essa relação específica se estabeleceu por meio de uma parceria com a Fundação Bradesco, que possui uma escola nessa e em outras regiões cuja demanda social é muito forte. Em Canuanã, nossa equipe ficou instalada na sede da Fundação, sendo que a escola servia também como base para as atividades e apoio à vizinhança. O entorno era o nosso campo de ação.

Aprendemos muito e depois passamos a nos mobilizar para agir mais perto da universidade. Recentemente, fizemos uma revisão da trajetória do programa e recuamos um pouco nessa iniciativa que chamamos de atividade intensiva, em locais mais distantes. Em 2010, depois de analisarmos todos os projetos que tínhamos feito, percebemos que não adiantava focar no atendimento a necessidades pontuais e não dar prosseguimento a elas, ou só fazer projetos para atender uma necessidade local e não contar com a adesão da população às soluções encontradas. Por isso, definimos como premissas para desenvolver projetos tanto a questão da continuidade como a questão da aderência às propostas por parte da população envolvida.

Por exemplo, quando avaliamos a qualidade da água que aquele pessoal bebia, detectamos a presença de coliformes fecais e propusemos uma saída economicamente viável para resolver o problema. “Vamos fazer a purificação da água utilizando radiação ultravioleta e garrafas PET adequadas à sua realidade”. Estudamos o caso analisando o decaimento da presença de micro-organismos e, no final, sempre havia moradores que diziam: “pô, mas eu tenho 48 anos, faz 20 que eu bebo essa água e tô ótimo. Por que eu preciso mudar?”. Este foi um projeto a que não houve aderência imediata.

RCE – Quais são os requisitos estabelecidos para fazer parte do programa?

ALCM – Para participar do programa Poli Cidadã é necessário atender a alguns requisitos. O primeiro deles é corresponder a uma demanda de responsabilidade social identificada, o segundo estabelece que haja um ou vários alunos de graduação envolvidos no desenvolvimento dos projetos e, por fim, é indispensável que o trabalho seja orientado por um docente. Todo projeto prevê o auxílio de um professor da instituição; pode até haver um colaborador da entidade parceira ou um engenheiro já formado que se disponha a orientar também, mas sempre contamos com a participação de professores da própria Poli.
Uma vez apareceu um escritório de advocacia que queria um sistema, um software. Eles se inscreveram, cadastraram a motivação deles, mas o que tinha de responsabilidade social nisso? Que segmento da sociedade nós estaríamos atendendo? Como não atendia aos requisitos, o projeto não foi selecionado.

RCE – Em relação à participação dos alunos, como é possível contribuir com os projetos atualmente?

ALCM – Com relação a quem participa, decidimos também que vamos tornar o programa posicionado mais formalmente na universidade, isso nós aprendemos com a nossa parceria com o pessoal do MIT. E como é possível fazer isso do ponto de vista acadêmico? O reconhecimento acadêmico acontece a partir da concessão de créditos, seja para o aluno ou para o professor. Pensando nisso, criamos disciplinas para estabelecer o acompanhamento dos projetos. Desde 2011 temos duas disciplinas: Tecnologia e Desenvolvimento Social 1 e 2 (PME2602 e PME 2603), que hoje são optativas livres. A princípio, a ideia era oferecê-las só para a Poli, mas em 2012 resolvemos abrir para a universidade toda e, agora, recebemos alunos de outras unidades da USP.

A disciplina introdutória se preocupa em discutir primeiramente a realidade do país, do mundo, da interação da tecnologia e nós fazemos isso também com a ajuda de exemplos, evidenciando a tecnologia que de fato transforma a sociedade. Em um segundo momento, passamos a propor a realização de projetos nos quais cada aluno ou dupla de alunos trabalha com o desenvolvimento de suas habilidades específicas. As disciplinas são coordenadas pelo professor Douglas Lauria, que também faz parte da Comissão Gestora do Poli Cidadã, e eu colaboro.

RCE – De que forma alunos de outras unidades têm enxergado e podem vir a encarar a oportunidade de participar dessas disciplinas?

ALCM – Nesse último semestre tivemos uma experiência muito boa, recebemos alunos não só da Poli, mas também da Oceanografia e da Matemática. Na primeira aula tinha até uma estudante de Turismo, mas ela desistiu depois. As disciplinas são esse novo passo que demos e estão abertas para toda a universidade. Aí você me pergunta, “estudantes de qualquer curso podem participar mesmo?”. Claro, o que motiva o programa é que cada aluno participe dos projetos com as habilidades que possui. No caso da aluna de Turismo, por exemplo, teria sido possível que ela se engajasse, quem sabe, no ramo do empreendedorismo rural, auxiliando comunidades a crescer e se desenvolver, tudo de acordo com aquilo que faz parte do universo de conhecimento dela.

Em relação à área de comunicação, recentemente esse campo do conhecimento teria sido aplicável, por exemplo, a um projeto que desenvolvemos na disciplina, uma vez que precisamos trabalhar a questão da adesão às propostas dos projetos. O projeto consistia na criação de uma máquina para incentivar a reciclagem. Não se trata só de desenvolver uma máquina e colocá-la para funcionar, mas de explicar a proposta. Sob o aspecto da realidade brasileira, quão importante é a reciclagem? Quantos empregos essa iniciativa cria? Como trabalhar com a possibilidade de que, eventualmente, o uso dessa máquina pode reduzir a oferta para os catadores de latinha? Esse processo todo tem um reflexo social que precisa ser explorado.

O sistema em questão já existe em outros países, como a Alemanha. Lá você compra sua garrafa PET e paga um custo adicional pela embalagem, sendo que, caso você a devolva, esse percentual pode ser reembolsado. É uma questão financeira, inclusive, uma forma de incentivar o uso de embalagens retornáveis. Essa máquina foi desenvolvida por um aluno da Mecatrônica, Leonardo Uematsu, em conjunto com uma colega dele que estudava Design. Assim, toda a parte de interação com o público e desenho do equipamento ficou a cargo dela, enquanto ele se preocupou em desenvolver a parte mecânica e eletrônica da máquina. Além disso, é importante pensar em como e por quem será feita a manutenção e a operação da máquina, a fim de atender à demanda social de forma ampla e continuada.

RCE – Levando-se em consideração a dinâmica de funcionamento do programa, que depende da disponibilidade dos alunos, como fica a questão do tempo dedicado ao desenvolvimento dos projetos?

ALCM – Às vezes não dá tempo de concluir o projeto já no primeiro módulo da disciplina, esse trabalho em torno da reciclagem durou mais de um ano. Alguns alunos optam por começar o trabalho na disciplina 1 e terminar na disciplina 2. Em 2010, foi importante revisar também a questão da continuidade dos projetos, o que sabemos que muitas vezes gera problemas. Em razão dos projetos serem tocados por alunos, em algum período as atividades são suspensas, sendo que a comunidade fica à mercê desse desligamento.

As disciplinas são uma nova alternativa, com elas os alunos podem receber créditos em optativas que são necessários para que eles se formem. No caso do aluno, ele ganha créditos; já o professor justifica sua dedicação recebendo créditos por orientar o curso, esse é mais um incentivo. As disciplinas são uma formalização da gestão de projetos aqui na Poli. Tanto o módulo 1 como o módulo 2 das disciplinas são oferecidos às quartas-feiras, às 15 horas, no prédio da Mecânica.

RCE – A título de exemplo, quais projetos tiveram maior repercussão recentemente?

ALCM – Há pouco tempo nós realizamos dois projetos envolvendo pessoas do entorno da universidade que foram muito legais. Um deles foi o Projeto Inclusão Digital, que aconteceu aqui na Poli, no qual o pessoal do CCE (Centro de Computação Eletrônica), em conjunto com o Poli Cidadã e o grupo PET (Programa de Educação Tutorial) da Mecatrônica se organizaram para montar um curso, um treinamento que se chama “Introdução ao Uso de Computadores”.

Projeto motiva intercâmbio

Projeto motiva intercâmbio de experiências entre alunos e funcionários que compartilham o espaço da universidade. (Arquivo: Poli Cidadã).

O público alvo era principalmente os funcionários terceirizados de empresas que são contratadas pela USP e nós tínhamos pensado em algo simples, um curso. O legal foi que divulgamos o edital (sempre fazemos assim, para convidar os alunos a participar) e tivemos uma adesão excepcional. O projeto é totalmente voluntário, não há remuneração nenhuma. Tivemos mais de 20 alunos inscritos em um prazo curtíssimo, por volta de uma semana. Um pouco tem a ver com a vocação da Poli, era algo voltado para o computador. Na primeira reunião tivemos 14 estudantes, moços e moças dispostos a colaborar, sendo que a nossa ideia inicial era ter dois alunos, talvez três. Avaliamos a equipe e ficamos com os 14, não excluímos ninguém. Assim, ao invés de abrirmos uma turma, abrimos três e todo mundo era monitor. Eles fizeram um material fantástico, trabalharam em equipe de forma excelente e os funcionários que fizeram o curso ficaram muito satisfeitos. Às vezes eles me encontravam no corredor e vinham agradecer: “professor, o curso está ótimo, você não faz ideia! Os monitores são muito bons, explicam direitinho, estou aprendendo tudo”. Com isso você percebia a boa interação entre eles.

O objetivo do Poli Cidadã não é resolver os problemas tecnológicos da sociedade, até porque podemos oferecer apenas uma pequena contribuição. Nosso principal objetivo é ajudar na formação dos alunos da Poli, mas de que forma? Fazendo despertar essa sensibilidade para a realidade social do país em que a universidade está inserida. Queremos fazê-los enxergar essas pessoas que, muitas vezes, estão aqui do nosso lado e que têm problemas com os quais podemos colaborar. Do ponto de vista da estratégia do programa, também queremos fazer um link entre aquilo que eles estão estudando e o projeto em que estão envolvidos. Foi um pouco isso que nós conseguimos colocar em prática nesse projeto de inclusão digital, a vocação em trabalhar com o computador. Mas é claro que eles também desempenharam outras funções: como dar aula, montar uma apresentação. De fato, foi um crescimento muito grande.

Outro projeto que nós temos repetido recentemente é o da Oficina de Carrinhos de Rolimã, do qual as crianças da São Remo, a comunidade vizinha da USP, têm participado. Nessa interação, a proposta era trazer meninos e meninas da comunidade para passar um ou dois finais de semana na universidade, aqui conosco, inclusive, para quebrar barreiras e promover uma abertura. Segundo a minha avaliação, não adianta você colocar gente armada para controlar o portão da USP, porque essa solução ao invés de combater a violência pode até gerar mais violência. Acredito que a alternativa deve ser interagir com a comunidade, ajudá-la com os seus elementos básicos, com as suas crianças. Daí, a ideia de motivar os jovens e despertar vocações para a área técnica.

Jovens da comunidade São Remo

Jovens da comunidade São Remo se dedicam à construção de carrinhos de rolimã na Poli-USP. (Imagem: Arquivo Poli Cidadã).

Resolvemos pensar um projeto de engenharia que tivesse seu lado lúdico, por isso, o carrinho de rolimã. Havia um diário de projeto, cada equipe desenhou seu carrinho, refletiu sobre quais peças eles teriam para montar, como é que se faz a medida de um furo, um corte, a preparação das peças para poder compor aquele equipamento. Esse processo todo contou com a participação de alunos da Poli, organizados pelo CAM (Centro Acadêmico da Mecânica), que monitoravam dois a dois os grupos de fabricação e todos efetivamente fizeram os carrinhos de rolimã. Tivemos também como parceiros alunos e alunas do Instituto de Psicologia e da Escola de Enfermagem da USP. Ao final, eles participaram de uma corrida em uma bateria do Grande Prêmio, evento que é promovido a cada semestre pelo Centro Acadêmico.

Durante a oficina tentamos motivar os garotos e garotas a investirem em escolas técnicas. Distribuímos folhetos sobre o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e um técnico do nosso departamento dá o seu depoimento pessoal. Nessa ocasião, lembrou-se dos seus esforços para entrar no SENAI e contou a eles que hoje trabalha como técnico na USP e estuda engenharia. Declara que também era pobre, mas que conseguiu alcançar seus objetivos estudando, e que enfrentar tudo isso vale a pena.

Além disso, nesse processo, os nossos alunos aqui da universidade acabam conhecendo uma realidade que na maioria dos casos não era familiar para eles, um ambiente social muito distinto do que eles estão acostumados.

RCE – No caso de um projeto mais concreto que viabilize a produção de um equipamento, por exemplo, existe a possibilidade de ampliar o alcance do programa e partilhar os resultados com entidades que a princípio não estavam envolvidas com o trabalho?

ALCM – Trata-se de um desafio que não conseguimos atingir ainda e é um desafio muito grande, que é o passo de você tornar as soluções e os resultados dos projetos mais amplificados. Produzir um equipamento em escala, ter o apoio de um setor, isso de fato é um desafio. É possível? Sim, mas qual o caminho? Alguns professores que trabalham conosco têm esse viés, digamos de motivação ao empreendedorismo, que no caso do programa Poli Cidadã vem a ser o empreendedorismo social.

Exemplo recente de um equipamento que foi produzido e colocado no mercado, foi o identificador de cores para cegos. O Fernando Gil, autor desse investimento, era monitor do Poli Cidadã, trabalhou com esse projeto, e foi para os Estados Unidos fazer um curso de empreendedorismo social. Esse é um caso de sucesso que permite maior abertura para outras empresas. Mas temos que ter em mente que para um trabalho ser amplificado, ele precisa ter também um conjunto de interações, de modo que seja desenvolvido em uma espiral de projetos e vá sendo melhorado a partir de várias versões. Acredito que assim seja viável atingir melhorias que permitam ao empreendedor enfrentar esse processo de produção maior.

RCE – A verba para o desenvolvimento dos projetos parte da universidade? É possível fazer doações?

ALCM – Com relação à verba para o programa, os diretores da Poli, nos três últimos mandatos, professor Vahan, professor Ivan e professor Cardoso, têm nos apoiado, inclusive, com recursos. Por outro lado, não temos uma demanda financeira expressiva, pois as soluções propostas precisam ser baratas a fim de que sejam viáveis. A questão econômica é um fator importante.

Chegamos a discutir a possibilidade de termos um fundo para apoiar os projetos, mas este ainda não foi criado. Algumas vezes, a proposta do financiamento de um protótipo do projeto é encaminhada para uma fundação ou um segmento que consiga apoiar a iniciativa.

RCE – Quão gratificante é poder fazer parte de um trabalho como esse?

ALCM – De fato é muito gratificante. Todas as pessoas que se envolvem com o Poli Cidadã, que trabalham voluntariamente, são pessoas que têm um viés para o bem. E eu sempre falo nas minhas palestras sobre o programa, que se a gente for buscar lá na origem, pensando em todas as vocações, mas falando da Engenharia que é o campo que nós temos como base, nosso objetivo é promover uma ação de transformação usando a tecnologia para melhorar a qualidade de vida das pessoas. E com o programa Poli Cidadã, no caso, a gente está querendo chamar a atenção para isso.

Os alunos, sendo um pouquinho transformados, recebendo essa semente para que abram um pouco a sua cabeça, é algo que nos motiva. Quando engenheiros ou em qualquer outra instância eles vão ter uma sensibilidade maior, mais aguçada, isso para nós é muito gratificante. A gente de fato tem notado nos alunos, professores e funcionários um comprometimento muito grande. Aqui na Poli, nossa Assistente de Cultura e Extensão, Maria Inês Piffer, colabora muito, recentemente ela foi homenageada. É curioso ver como as pessoas acabam não medindo esforços e têm mesmo essa vocação para o bem colocado em prática. Acredito que muitas pessoas tenham a vocação para o bem, mas nem todas o põe em prática, e é aí que podemos ajudar.

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