O Nascente é um concurso cultural da maior importância. No caso da música erudita, a participação exige um envolvimento dos alunos no longo prazo. Imagine-se, por exemplo, que uma composição apresentada por um grupo teve um longo processo, das primeiras ideias à concretização da partitura e da gravação, passando pelo processo de ensaios e pela manutenção da obra no repertório dos intérpretes até a Mostra de Música. O mesmo pode ser dito dos intérpretes, individuais ou em grupo. É possível perceber que as produções musicais vêm lastreadas no conhecimento adquirido ao longo da formação.
Neste ano, foi visível o amadurecimento dos alunos, já sendo percebidas algumas atuações com nível profissional. Entre os destaques, salientamos a qualidade de algumas performances individuais, as formações diversificadas de música de câmara, com a ideia de “duo” muito bem realizada, e a interação entre composição e performance. Todos os finalistas desempenharam muito bem, e o crescimento das inscrições é um fato a ser comemorado.
Unidade de ensino: Escola de Comunicações e Artes (ECA)
Curso: Pós-graduação em Música
Subcategoria: Interpretação instrumental
Unidade de ensino: Escola de Comunicações e Artes (ECA)
Curso: Música
Subcategoria: Interpretação instrumental
Perscrutando a obra de um dos mais famosos sobrenomes da história da música, o presente trabalho propõe uma interpretação da Sonata n°1 para duas flautas de Wilhelm Friedemann Bach.
Unidade de ensino: Escola de Comunicações e Artes (ECA)
Curso: Mestrado em Sonologia
Subcategoria: Composição
O foco desta peça não reside na busca por um virtuosismo técnico individual (pelo contrário, procurei evitá-lo). Ao invés disso, a principal busca é a de explorar movimentações energéticas que são expressas pelo conjunto todo como algo uno. A obra inicia já com a transformação de “um só som” através dos instrumentos: um ataque de piano que naturalmente decai e, em algum momento, já se transformou em som de clarinete (compasso 1), cuja série harmônica forma um traço sutil de volta ao piano (compasso 2). E as reiterações desse som se tornam mais encorpadas e inquietas gradualmente (compasso 3 em diante).
É um som que nasce do outro, um evento que vibra em outro, e a soma desses diversos acontecimentos energéticos toma diferentes formas. O todo se expande e dilata, se une numa sinergia e deságua como uma onda, se espalha em diferentes direções, ou explode abruptamente deixando resquícios inquietos.
Paralelamente a isso, muitos dos eventos foram, ao longo do processo composicional, relacionados à temática da luminosidade. A intimidade entre som e visualidade não é estranha à música contemporânea e, no caso deste processo, muitos dos materiais foram pensados como eventos musicais que possuem ligação, mesmo que abstrata, a eventos luminosos… Um clarão que deixa um rastro na visão, presente mesmo quando fechamos os olhos; ou um brilho repentino que chama a atenção e desvanece rapidamente na sequência; e assim por diante…
Unidade de ensino: Escola de Comunicações e Artes (ECA)
Curso: Música
Subcategoria: Interpretação instrumental
Interpretação do Capricho número 30 (Chaconne) para flauta solo do compositor alemão Sigfrid Karg Elert.
Sob orientação do professor Antônio dias Carrasqueira.
Unidade de ensino: Escola de Comunicações e Artes (ECA)
Curso: Música
Subcategoria: Composição
Composta em Maio/2018 e revisitada em Abril/Maio de 2019, br[asas] n.3 busca explorar timbres e combinações rítmicas idiomáticas da linguagem do pandeiro brasileiro, colocando-o numa posição de instrumento solista. Para isso, foi feita uma pesquisa junto ao intérprete em relação a técnicas de notação e execução para que fosse possível combinar tais elementos ao longo do discurso musical. Após isso, assumi composicionalmente a alternância de células rítmicas previamente escolhidas ao longo das cinco seções que a peça é dividida, buscando criar uma obra que fosse possível ouvir elementos tradicionais da idiomática do pandeiro brasileiro e ao mesmo tempo colocá-lo no cenário da música contemporânea de concerto.
Unidade de ensino: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP)
Curso: Música
Subcategoria: Interpretação instrumental
O presente trabalho trata-se de uma transcrição feita para duo de violões (violão de oito cordas Brahms e violão de seis cordas) de duas peças para piano do compositor manauara Claudio Santoro (1919 – 1989). As peças transcritas são Paulistana número 1 e número 3, ambas retiradas do ciclo de 7 paulistanas, todas originais para piano. Na primeira peça a tonalidade foi alterada de Ré bemol maior para ré maior, para se adequar melhor ao instrumento. Como em 2019 comemora-se o centenário do nascimento de Cláudio Santoro, o trabalho também se propõe homenagear o compositor numa tentativa de transportar sua música para uma nova instrumentação.