A cada sessão uma roleta define quais cenas serão apresentadas. O espetáculo permite mais de mil possíveis combinações, garantindo uma apresentação única a cada noite.
Seis atores e seu diretor se propõem a investigar suas tragédias pessoais e fazer delas teatro. A peça A VIDA, da AntiKatártiKa Teatral (AKK), com direção de Nelson Baskerville, está em cartaz no Teatro da USP até 17 de setembro. Na trama, questões biográficas se unem a uma pesquisa de jogo cênico composto de forma aleatória. O espetáculo ocorre as sextas e sábados, 21h e aos domingos, 19h. Os ingressos custam R$ 30.
Um jogo de combinações e subjetividades, uma rede de encontros preciosos em que uma cena tem mútua relação com as outras. Um espetáculo caótico e imponderável como a vida. A cada sessão, uma roleta define que cenas serão apresentadas, e em qual ordem. Composto por 8 fases, 15 cenas e algumas transições fixas, o espetáculo permite mais de mil possíveis combinações, garantindo uma apresentação única a cada noite.
Temas como morte, abuso, origem, infância, relações familiares se apresentam no palco. O uso da biografia parte da premissa de que cada pessoa é e tem em si própria um arquivo, uma reserva de experiências, memórias, saberes e, principalmente, imagens.
O objeto da AntiKatártiKa Teatral é de fato um teatro que sequestra a realidade e a transfere ao palco em uma camada cênica fantástica e onírica, que desloca a narrativa do relato individual e alça a dimensão de imaginário/discurso coletivo, apropriado e manipulado por todos os agentes.
Direção de Nelson Baskerville. Com Camila Raffanti, Felipe Schermann, Hercules Morais, Junior Docini, Tamirys O’hanna e Thaís Medeiros.