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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
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Estudo da distribuição da subnotificação do HIV/aids no Brasil, 2012 a 2016

Estudo da distribuição da subnotificação do HIV/aids no Brasil, 2012 a 2016
  • 2019
  • 2019_RonaldodeAlmeidaCoelho

Fonte

Repositório Institucional da UNB

Autoria

RONALDO DE ALMEIDA COELHO

Resumo

INTRODUÇÃO: A epidemia de HIV/aids apresenta uma estabilização no Brasil ao longo dos anos, porém há regiões nas quais há um aumento dos casos. A atualização das informações dos casos de aids notificados é realizada por meio de bancos complementares aos bancos de dados da vigilância, pelo método probabilístico de relacionamento de bancos de dados, utilizando as bases de dados do Sistema de informação de Agravos de Notificação (Sinan), Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e de informações do Sistema de Controle de Exames Laboratoriais (Siscel) validadas pelo Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom). Esses dados complementares obtidos a partir dos outros sistemas compõem mais de 30% do banco relacionado – mas os casos resgatados dos outros sistemas carecem das variáveis epidemiológicas, importantes no processo de compreensão da epidemia no país. Assim, torna-se importante conhecer a distribuição dessas subnotificações no território nacional. OBJETIVO: i) descrever o perfil epidemiológico dos casos subnotificados no país entre 2012 e 2016, com relação a variáveis sociais e demográficas; ii) analisar a tendência temporal segundo municípios brasileiros com relação à subnotificação; iii) analisar a distribuição espacial da subnotificação de HIV/aids no Brasil. MÉTODOS: Estudo epidemiológico transversal e ecológico de caráter misto do perfil da subnotificação, com estudo de série temporal do perfil de subnotificação de HIV/aids e estudo da distribuição espacial da subnotificação de HIV/aids nos municípios no Brasil, a partir dos dados do banco de dados relacionado. RESULTADOS: Entre os 4.927 municípios do estudo, 123.766 casos dos 330.568 em todo o período (37,4%) são considerados subnotificados, um incremento de 58% de subnotificação entre 2012 e 2016, sendo maior na região Norte (43,9%), no sexo feminino (41,9%), na raça/cor ignorada (74,1%), em menores de 5 anos de idade e em casos cuja escolaridade não se aplica e analfabetos (71,4%). Na análise temporal dos dois períodos de 2012-2013 e 2015-2016, houve um aumento de 50% no percentual de subnotificação, sendo a maior diferença na região Centro-Oeste (85%) e em municípios acima de 900 mil habitantes (56%). Há municípios com altos percentuais de subnotificação em todas as regiões do país, e observa-se uma autocorrelação espacial da subnotificação em todas as regiões do país em todos os períodos estudados. CONCLUSÕES: O estudo permite entender a dinâmica da subnotificação, identificando locais nos quais a subnotificação de casos de HIV/aids é mais importante, e auxiliando na definição de estratégias de melhoria da rede de cuidado da pessoa vivendo com HIV/aids (PVHA) para diminuição da subnotificação nesses territórios e para uma compreensão maior da epidemia no país.

2019_RonaldodeAlmeidaCoelho

 

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