A mostra Farocki: Destrinchando as Imagens, em cartaz no CINUSP Paulo Emílio entre os dias 1 e 17 de fevereiro (com intervalo do recesso de carnaval), exibirá 11 filmes essenciais da obra do cineasta alemão Harun Farocki, famoso por seus documentários e por sua radicalidade. Todas as sessões serão gratuitas.
Na obra de Farocki há o exercício central, quase científico, de decifrar a construção das imagens. Desde gravações de sua própria câmera a vídeos captados pela ponta de um míssil teleguiado, Farocki se debruça sobre imagens produzidas a todo momento para as mais diversas funções. É a partir do processo de destrincha-las que seus filmes levantam questões sobre o consumo, a vigilância, a produção e a destruição, a indústria, o capitalismo, a guerra e a civilização.
Dentre os filmes exibidos estarão curtas e longas-metragens produzidos ao longo de toda sua carreira. A seleção vai desde o curta Fogo que Não se Apaga, crítico à guerra do Vietnã e filmado em 1969, até o longa Reconhecer e Perseguir, gravado em 2003 a partir de imagens produzidas pela tecnologia bélica.
A mostra é fruto de uma parceria com o Instituto Goethe e, em paralelo a ela, haverá também uma exposição de videoinstalações de Harun Farocki no Paço das Artes, com cinco trabalhos inéditos no Brasil, do dia 28 de janeiro a 27 de março.