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Direito à verdade é celebrado em debate em São Paulo

Direito à verdade é celebrado em debate em São Paulo

Centro de Preservação Cultural - 07/03/2019

O dia internacional do direito à verdade recorda as graves violações de direitos humanos sofridas em regimes de exceção para que nunca mais se repitam

Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP realiza no dia 24 de março, às 10h30, uma roda de conversa com as pesquisadoras Déborah Neves e Anaclara Volpi Antonini. As convidadas debatem sobre lugares de memória das ditaduras civil-militares na América Latina. A entrada é gratuita.

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, em 2010, o dia 24 de março como o Dia internacional para o direito à verdade sobre violações graves de direitos humanos e para a dignidade das vítimas. Inserida no calendário oficial brasileiro em 2018 pela lei 13.605, proposta pela deputada Luiza Erundina,  a data recorda as graves violações de direitos humanos ocorridas em regimes de exceção instalados no passado em diferentes países.

O dia é reivindicado e evocado por movimentos de defesa dos direitos humanos e pelos grupos que pautam a luta pela memória, verdade e reparação às vítimas das ações e crimes cometidos pelos estados e governos no contexto das ditaduras civis-militares, “Para que nunca mais se repita e para nunca mais esquecer” (veja mais em: un.org/en/events/righttotruthday/).

Direito à verdade

A luta pela memória, verdade e reparação às vítimas de crimes cometidos pelos estados e governos nesse contexto colaboram para a construção de uma memória viva e crítica dos acontecimentos traumáticos de um passado ainda recente.

Locais que foram palco de atos de agressão, tortura e violação de direitos permanecem hoje como lugares de uma memória difícil e de consciência pela defesa dos direitos humanos e da cidadania. Lugares que demandam ações de salvaguarda e valorização para que não silenciem as memórias traumáticas que carregam. Quais são esses lugares? Por que não sabemos deles? Como lidar com eles e o que fazer com o que resta deles?

Esse é o tema do debate que trará as pesquisadoras Deborah Neves (Unicamp) e Anaclara Volpi Antoninni (USP), que apresentarão seus trabalhos de pesquisa ao público na forma de uma roda de conversa.

A atividade é parte do programa Domingo na Yayá, que desde 2004 abre a Casa da Casa de Dona Yayá para visitação e promove atividades gratuitas diversas uma a duas vezes por mês, com entrada gratuita. O objetivo é promover a divulgação científica e a aproximação entre o universo acadêmico e a sociedade. As conversas são uma oportunidade para conhecer os pesquisadores e seus objetos de investigação, além de proporcionar um espaço para debate e troca de conhecimento.

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Conversa com Pesquisadores


Programação

Deborah Neves

Patrimônio e memoriais da ditadura em São Paulo e Buenos Aires
A pesquisadora vai falar sobre a importância da preservação de espaços ligados às ditaduras recentes por meio do tombamento como forma de reparação simbólica e como parte da política pública internacional de memória e verdade. O foco principal serão as experiências das cidades de São Paulo e Buenos Aires, desde a década de 1980 até os dias atuais. Deborah Neves é especialista em Gestão do Patrimônio e Cultura pela Unifai, e especialista em História Recente pelo Conicet-CAyCIT Argentina, com mestrado em História Social pela USP, e doutoranda em História pela Unicamp. Atua como historiadora da Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico (UPPH), vinculada ao Condephaat, desde 2010.

Anaclara Volpi Antonini

Intervenções e experiências de memorialização de lugares relacionados à ditadura militar em São Paulo
O tema é parte da pesquisa de mestrado que enfocou as homenagens ao operário Santo Dias da Silva no lugar de seu assassinato como intervenções que contrariam os processos de apagamento dessa memória e ressignificam o lugar com sua sinalização e apropriação. A pesquisadora falará também sobre a construção do objeto de pesquisa no contexto brasileiro e o modo como o desenvolvimento do tema nos âmbitos político e social influenciou o próprio processo investigativo. Anaclara Volpi Antonini é geógrafa e mestre em Geografia Humana pela USP. Realiza pesquisas sobre patrimônio cultural, memória, urbanização e lugares de memória relacionados à ditadura militar. Participa da Rede Paulista de Educação Patrimonial (Repep) desde 2013.

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Domingo na Yayá

CONVERSA COM PESQUISADORES
Quando | 24 de março, das 10h30 às 12h
Abertura da Casa de Dona Yayá: 10h às 13h
Entrada gratuita. Atividade aberta ao público em geral, sem necessidade de inscrição.

CPC-USP/Casa de Dona Yayá
Endereço:  Rua Major Diogo, 353, Bela Vista – São Paulo – SP
Visitação: segunda a sexta-feira, das 9h às 15h.

Domingo na Yayá
    • Domingo
    • Das 10:30 às 12:00
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