
O antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, ao prefaciar o livro A queda do céu, de Kopenawa e Albert, afirma: “Nosso tempo é o tempo do outro. Pois os tempos são outros. E o outro mais ainda”. A partir dessa proposição, pensar a multiplicidade de temporalidades que compõe o mundo, temporalidades próprias que coexistem de maneira simultânea compondo um mundo em que coexistem vários mundos, multiplicidade que a modernidade operou para extirpar, subjugar ou hierarquizar. “A alteridade é antes de mais nada um necessário exercício de autocrítica”, escreveu Haroldo de Campos. Ainda, nas palavras de Walter Benjamin (Sobre o conceito de História): “a história é objeto de uma construção cujo lugar não é o tempo homogêneo e vazio, mas um tempo saturado de ‘agoras’”. (p.229)
15h | Abertura ⬆ início ⬇ assista
16h | Outros tempos ⬆ início ⬇ assista
18h | Atividade Artística Virtual ⬆ início ⬇ assista
Raquel Almeida é poeta, arte-educadora, produtora cultural e co-fundadora do coletivo Sarau Elo da Corrente.