Fonte:
Teses USP
Autor:
SEBASTIÃO SILVEIRA NUNES JÚNIOR
Resumo:
Introdução: A Organização Mundial da Saúde recomenda que a terapia antirretroviral deva ter início imediato para todos os portadores do HIV independente da presença ou ausência de sintomas da Aids. Esta nova diretriz tem como base que o início precoce da terapia antirretroviral estimula o sistema imune, diminui o risco de morbimortalidade associadas ao HIV e reduz o risco de transmissão
Objetivo:analisar adesão de portadores do HIV submetidos precocemente à terapia antirretroviral. Hipótese:Portadores do HIV assintomáticos apresentam baixa adesão quando submetidos à terapia antirretroviral precocemente, decorrente dos efeitos colaterais da medicação.
Método:Estudo transversal, descritivo, prospectivo com abordagem quantitativa. Os dados foram obtidos por entrevista individual com formulário para levantamento das características sociodemográficas e para avaliar adesão à terapia antirretroviral, foi utilizada a adaptação brasileira do “Cuestionario para la Evaluación de la Adhesión al Tratamiento Antiretroviral” CEAT-VIH. Para interpretação, compreensão e estruturação das análises do fenômeno foi adotado o referencial teórico da vulnerabilidade. A análise dos dados foi processada no Software Stata 13.1®. As variáveis foram analisadas por meio de frequência absoluta e relativa (frequência simples, média e desvio padrão) e de acordo com os resultados, o teste do Qui-quadrado de Pearson.
Resultado: Entre os 53 entrevistados, 81,1% foram classificados como aderentes e 18,9% como não aderentes. Predominou a população masculina e a faixa etária de 25 a 44 anos, a cor branca e boa escolaridade. Os determinantes da adesão a TARV foram: maior escolaridade, estar casado ou morar com família e boa relação médico/paciente, para a não adesão foram: sentir-se melhor após o início do tratamento, falta de apoio das pessoas do convívio social e ciênciado parceiro sobre a soropositvidade. Ao que se refere a vulnerabilidade nas três dimensões, verificou-se que na dimensão individual: falta de conhecimento sobre os medicamentos em uso, presença de rede de apoio social e mudança de comportamento social (sexo sem preservativo), foram os que mais influenciaram para a não adesão. Na dimensão social, vínculo interpessoal com familiares e amigos íntimos, influenciou positivamente a adesão. Programaticamente, verificou-se que a estrutura oferecida aos usuários foi considerada adequada e contribuíram para a adesão.
Conclusão: O estudo mostrou a necessidade de pesquisas acerca da adesão a TARV, em pacientes submetidos precocemente ao tratamento, com outros instrumentos, emoutros Centros de Referencias, com número maior de portadores, para avaliar este programa terapêutico, visto que esse é o último consenso em termos de terapia e o uso prolongado associado aos efeitos colaterais, são fatores que podem interferir na adesão
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