Foto Renan Roberto Vilela
O programa USP Aproxima-Ação lançou no dia 10 de maio sua nova campanha, USP Aproxima-Ação e os cuidados com Crianças e Adolescentes. A ação é baseada na produção e distribuição de material educativo que alerta e orienta sobre como proceder diante da presença e permanência de crianças e adolescentes nos espaços universitários.
O programa irá analisar a situação de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade que frequentam o campus, bem como violações de direitos do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), sempre tendo em vista que os menores, apesar de detentores de direitos, normalmente não estão capacitados para exigi-los.
O lançamento foi realizado em encontro na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), um dos locais onde esse tipo de situação tem sido muito identificado na USP.
Participaram do encontro a coordenadora do programa Aproxima-Ação, professora Ana Estela Haddad, a educadora Beatriz Rocha e a equipe do programa. A FFLCH esteve representada por sua diretora, professora Maria Arminda do Nascimento Arruda e também os professores, Oliver Tolle, Ruy Braga Neto, Alvaro Gullo, chefe do Departamento de Sociologia e Gustavo Venturi, da Comissão de Direitos Humanos. O encontro contou também com a presença de alunos representantes dos centros acadêmicos da FFLCH: DCE – Estudantes Livre Alexandre Vannucchi Leme; CAHis – Centro Acadêmico de História; CAELL – Centro Acadêmico de Estudos Linguísticos e Literários Oswald de Andrade (Letras); CAF – Centro Acadêmico de Filosofia Prof. João Cruz Costa; CeUPES – Centro Universitário de Pesquisa e Estudos Sociais; CEGE – Centro de Estudos Geográficos Capistrano de Abreu.
Durante a discussão sobre a permanência de crianças e adolescentes desacompanhados de responsáveis nos espaços estudantis da Faculdade, os alunos representantes das entidades estudantis fizeram relatos e sugeriram medidas para a monitoria das crianças e adolescentes no ambiente acadêmico, como mesas de discussão com professores, rodas de conversa e uma formação prática específica sobre o tema.
O encontro resultou em um entendimento de consenso sobre as abordagens mais adequadas e a necessidade da orientação permanente da comunidade acadêmica no trato da questão, permitindo que se avance na promoção de ações que aproximem essas crianças e adolescentes de sua rede de proteção na comunidade de origem e consequentemente em ações socioeducativas que se estendam em alcance além do próprio menos.
A professora Ana Estela resume: “Com esses passos, o USP Aproxima-Ação pretende refletir e colaborar na construção do conhecimento sobre essa realidade e formação de pessoas nesta área, uma vez que a comunidade da universidade tem papel fundamental na proteção dessas crianças e adolescentes, mas para isso precisam ser formados para desenvolver uma visão integral do sujeito em seus aspectos sociais, culturais e biológicos, os fazendo refletir sobre a realidade. No entanto, o cotidiano observado ainda demonstra que as pessoas se encontram pouco alertas à realidade de crianças e adolescentes em situação de risco”.