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Resistência à ditadura militar é tema da programação do Domingo na Yayá

Resistência à ditadura militar é tema da programação do Domingo na Yayá

Centro de Preservação Cultural - 17/05/2019

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Programação do CPC-USP para este fim de semana tem espetáculo com o grupo Ô de Casa e horário especial de visitação à Casa de Dona Yayá.

Nesta semana de intensa programação cultural na cidade de São Paulo, quando acontecem a Virada Cultural e a Semana de Museus, organizada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), o CPC tem programação diferenciada. No sábado e no domingo a Casa de Dona Yayá, tombada como patrimônio  de São Paulo e bem cultural da USP, estará aberta para visitação das 9h até às 17h. Além de conhecer a Casa, o púlico poderá visitar a exposição Museus e Acervos da USP, que apresenta uma visão geral dos muitos e variados acervos existentes na Universidade – de coleções artísticas a coleções de ciências naturais; arquivos pessoais de intelectuais e acadêmicos; acervos didáticos e conjuntos documentais dos mais variados campos do saber;  de preciosos acervos arqueológicos até arquivos administrativos que documentam a trajetória da universidade. E no domingo às 11h, o espetáculo “Sons e Fúrias de 1968 – Tempos de Guerra Entre Nós”, com música e poesia.

O Domingo na Yayá é um programa que há cerca de 15 anos recebe público variado para atividades gratuitas aos domingos,  às 11h, promovendo o contato com o tema patrimônio cultural. Como órgão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, e por estar sediado no bairro da Bela Vista, na Casa de Dona Yayá, o Centro de Preservação Cultural da USP  busca contribuir para o estreitamento e diversificação dos vínculos entre a universidade e a sociedade por meio de atividades de cultura e extensão universitária como oficinas, cursos, palestras, simpósios, exposições, visitas monitoradas e apresentações artísticas.

Ô de Casa no Domingo na Yayá

Com “Sons e Fúrias de 1968 – Tempos de Guerra Entre Nós” o Grupo Ô de Casa volta a Casa de Dona Yayá para apresentar canções, poemas e textos em prosa representativos da resistência à ditadura millitar que se instaurou no Brasil nos anos 1960.  A montagem, em formato de sarau, evidencia a multiplicidade de riquezas culturais e políticas da época, assim como as lutas contra a repressão, articuladas com o momento político pelo qual passa hoje o país. Fazem parte do repertório canções de Tom Jobim, Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil, juntamente com textos de Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Mello Neto, alternando canto e interpretação. Esse espetáculo foi apresentado no encerramento do Simpósio Internacional 1968 – O Ano de Todas as Viradas, que foi realizado no Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e  Ciências Humanas da USP, em junho deste ano, e no Casarão Cultural da Vila Guilherme, em fevereiro. A coordenação é de Eli Clemente; roteiro, Marcos Silva (FFLCH-USP), e direção musical de Fernando Rosinholi. Participação de Eli Clemente, Fernando Rosinholi, Giba, Marcos Silva e Tatinha Bernardo.

O Grupo Ô de Casa foi fundado na década de 1990, com sede na Vila Mazzeim bairro da Zona Norte de São Paulo, com a proposta de produzir e divulgar a cultura brasileira. Desde então vem promovendo apresentações que recriam temas e festas tradicionais de cunho popular, com ênfase na música e na poesia, procurando preservar as raízes dessas comemorações e sua atualidade crítica. O grupo há vários anos encena como parte da programação do Domingo na Yayá, promovida pelo CPC, o Pastoril, auto natalino tradicional brasileiro.  Entre outros trabalhos, o Ô de Casa tem na bagagem espetáculos como “Sarau Caipira”, “Cantando o Cinema”, “Rimbaud etc. – História e Poesia” , “Enquanto acontecia…” (Homenagem a Nelson Werneck Sodré), “Jorge Amado de todos” (Homenagem a Jorge Amado), “Festa para Moacy” (Homenagem a Moacy Cirne) e, numa parceria com o Grupo CasIlêOca, “Se tem gente com fome, dai de comer” (Homenagem a Solano Trindade). Segundo os coordenadores, o grupo está aberto a participantes de todas as faixas etárias, grupos sociais e com escolaridades diversificadas para compor “perfil plural, priorizando os setores populares”.

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Domingo na Yayá
    • aos finais de semana
    • Das 09:00 às 17:00
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