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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
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Avaliação da potencial modulação da ativação microglial pelo eixo PERK da via UPR pela proteína TAT do HIV

Avaliação da potencial modulação da ativação microglial pelo eixo PERK da via UPR pela proteína TAT do HIV
  • TCCMoniqueAmerico2019

Fonte

repositório ufsc

Autor

Monique Ferrary Américo

Resumo

Na infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), o processo neurodegenerativo e
seus consequentes prejuízos cognitivos, categorizados como HIV-Associated Neurocognitve
Disorders (HAND), se destacam como um aspecto relevante. Um dos pontos consensuais sobre
a patogênese da neurodegeneração associada ao HIV é a ativação microglial resultante da
liberação de uma série de fatores neurotóxicos direta e indiretamente pela população de células
do Sistema Nervoso Central. No entanto, nos quadros de neurodegeneração, a micróglia
também apresenta um fenótipo alternativo caracterizado pela síntese de mediadores de
resolução de inflamação. Paralelamente, em uma infecção viral de sucesso, grandes quantidades
de proteínas são sintetizadas pelo Retículo Endoplasmático, gerando estresse. Assim, as células
possuem um mecanismo de resposta a esse estresse, denominado via UPR (Unfolded Protein
Response), que possui três braços que podem atuar sinergisticamente na resolução do estresse
do RE: IRE1, PERK e ATF6. O eixo PERK é deflagrado pela proteína sensora do acúmulo de
proteínas que inicia uma cascata de sinalização, resultando na inibição traducional, e por ser
tempo-dependente, caso o estresse não seja resolvido, há transcrição de genes que iniciarão
apoptose. Sabe-se que há modulação da via UPR na infecção pelo HIV e um dos fatores
envolvidos tanto na modulação da via quanto na ativação microglial observada é a proteína de
transativação viral (TAT). A proteína TAT tem um papel na replicação viral, sendo responsável
pela transcrição do material genético, mas também pode ser secretada e adentrar outros tipos
celulares. Sendo assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a potencial modulação do
eixo PERK da via UPR na polarização M1/M2 causada pela proteína TAT do HIV-1 em células
microgliais in vitro. Para tanto, empregou-se um sistema procarioto de expressão da proteína e
uma estratégia de purificação utilizando colunas de cromatografia por afinidade. Células de
linhagem microglial BV-2 foram estimuladas com a proteína TAT recombinante para avaliação
de diferentes marcadores. Foram detectados níveis significantes das citocinas pró-inflamatórias
TNF-α, IL-6 e MCP-1 e de NO, corroborando os dados encontrados na análise transcricional
de iNOs, o qual atingiu valores significativos, enquanto que níveis de Arg-1 não foram
significativos. Em adição, TAT induziu a expressão do marcador CD16/32. A inibição do eixo
PERK revelou atenuação em nos marcadores M1 induzidos pela proteína TAT. Em conjunto,
os dados apresentados indicam que a proteína TAT do HIV-1 leva células microgliais à ativação
clássica (M1), tendo o eixo PERK da via UPR um papel na modulação desta ativação, podendo
ser futuramente alvo de investigações visando seu bloqueio e consequente atenuação da
inflamação.

TCCMoniqueAmerico2019

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