Fonte
repositório ufsc
Autor
Felipe Petik Pasqualotto
Resumo
Ainda que as discussões sobre expectativas sociais em relação ao sexo
biológico tenham feito parte de toda a história humana, somente nos
últimos 30 anos tais temas passaram a ser encarados como categoria de
análise. Se hoje é papel da academia acompanhar as novas conjunturas
sociais para gerar respostas condizentes com a vivência das pessoas,
como poderiam estas ignorar a forma com que estas se relacionam
afetivamente entre si e consigo mesmas? Entre elas destaca-se o design,
que tem evoluído de modelos racionais para padrões centrados no ser
humano e que hoje deve estar apto a reconhecer qualquer fator que possa
impactar o gerenciamento de processos baseados em anseios identitários.
Se é atribuição do design gerenciar o processo de comunicação entre
marcas e indivíduos – também conhecido como branding, cabe a também
a ele refletir sobre como as questões de sexualidade e identidade de
gênero se articulam com suas práticas projetuais. Assim este trabalho tem
como objetivo contribuir para o debate transversal destes temas, buscando
compreender de que maneira as questões de sexualidade e identidade de
gênero personificadas pelo público LGBT podem ser consideradas dentro
do desenvolvimento de estratégias de comunicação de marca,
especificamente dentro da metodologia “TXM Brading” – fruto desta
mesma universidade e programa de pós-graduação. Por meio de
fundamentação teórica das questões abordadas, exemplificação por meio
de uma análise de cases de marca e a aplicação de entrevistas com
profissionais da área sobre como estas questões se articulam com suas
práticas projetuais a pesquisa busca articular teoria e prática para de forma
cocriativa gerar recomendações para a incorporação destas questões na
metodologia “TXM Branding”. Uma vez concluído, o trabalho contribui
não somente para a discussão do papel social do design em relação ao
público LGBT, como aborda importantes questões que auxiliam
organizações a se posicionarem de forma sistemática frente à diversidade
de manifestações afetivas e imagéticas reconhecidas hoje.
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