Fonte
Biblioteca Digital de TCCs
Autor
Renata Paula Rodrigues
Resumo
O vírus da imunodeficiência humana é um retrovírus que ataca o sistema imunológico humano, responsável pela defesa do organismo contra doenças e infecções. As células mais afetadas são os linfócitos TCD4+ e a deficiência dessas células ocasiona imunossupressão com consequente ocorrência de complicações. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, em 2017, 36,9 milhões de pessoas viviam com HIV em todo o mundo. Destes, 20,9 milhões recebiam terapia antirretroviral, que tem como objetivo, retardar a progressão da infecçãoo até o seu estágio final (fase em que surgem as manifestações de AIDS), e restaurar, quando possível, a imunidade e a qualidade de vida da pessoa infectada. Dos 138 casos notificados no município de Ouro Preto, 128 (92%) recebem tratamento e são acompanhados pela equipe de saúde do município ou de cidades da região. Considerando a necessidade do uso crônico de medicamentos antirretrovirais nessa terapia, é desejável que o mínimo, ou nenhum efeito adverso ocorra na maior parte da vida do individuo. Entretanto, diversos efeitos colaterais estão associados à terapia e podem interferir na adesão ao tratamento, impactando negativamente a vida dos indivíduos tratados. O presente estudo realizou uma análise de dados obtidos dos prontuários médicos armazenados no Serviço de Atenção Especializada e em Infecções Sexualmente Transmissiveis de Ouro Preto – MG, e descreveram as principais variáveis encontradas, como os principais efeitos adversos, medicamentos utilizados e a relação da terapia com as alterações laboratoriais dos indivíduos acompanhados. O esquema terapêutico composto por tenofovir, lamivudina e efavirenz, foi o esquema administrado em que mais houve relatos de efeitos colaterais. Os sinais e sintomas mais relatados pelos indivíduos do estudo incluem: diarreia, náuseas, rash cutâneo e tosse. A terapia antirretroviral apresentou eficácia satisfatória na reducação da carga viral detectável e não implicaram em efetitos adversos graves nos indivíduos acompanhados. Tais efeitos podem ser abordados pelo médico especialista, como forma de complementar o atendimento para que seja realizada a intervenção mais adequada para cada caso. O acompanhamento e acolhimento dos indivíduos tradados torna-se uma medida essencial para promover um cuidado longitudinal e garantir uma melhor qualidade de vida.
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