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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
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Fatores associados ao abandono do tratamento de adolescentes e adultos jovens em um centro de refer?ncia para IST/HIV/AIDS

Fatores associados ao abandono do tratamento de adolescentes e adultos jovens em um centro de refer?ncia para IST/HIV/AIDS
  • 2018
  • Dissertação final - Letícia Falcão de Carvalho

Fonte

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEFS

Autoria

LETÍCIA FALCÃO DE CARVALHO

Resumo

O objetivo deste estudo foi analisar os fatores associados ao abandono do tratamento em adolescentes e adultos jovens com sorologia positiva para o HIV. Configura-se como um estudo quantitativo e longitudinal no qual foram analisados os prontuários clínicos dos adolescentes e adultos jovens matriculados no Serviço de Assistência Especializada do município de Feira de Santana/Bahia, desde 2003 até dezembro de 2016. Foram revisados, após exclusões, 290 prontuários dos indivíduos entre 13 a 24 anos levando-se em consideração as variáveis sociodemográficas, clínicas e de acompanhamento no serviço. Realizou-se análise descritiva com frequências, análise bivariada, entre as variáveis categóricas de escolha, e a análise de sobrevida para estimar a mediana de tempo do abandono do acompanhamento do tratamento. Por fim, para as variáveis estatisticamente significantes foi feita a análise pelo modelo de regressão de Cox. A população do estudo se caracteriza por ser 73,4% adultos jovens (20 a 24 anos); 91,9% da cor preta, parda ou indígena; 64,5% heterossexuais; 73,7% solteiro, viúvo ou divorciado; além disto, 56,2% apresentam mais de oito anos de estudos. Dos 290 indivíduos analisados, 59% apresentaram o episódio de abandono do tratamento. Ao analisar os fatores associados ao abandono, a idade (p=0,00), orientação sexual (p=0,00), escolaridade (p=0,00), se reside em Feira de Santana (p=0,02) e presença de infecção oportunista (p=0,02), apresentaram significância estatística para o evento. No teste log rank, foi encontrada significância para a escolaridade (p=0,00) e presença de infecções oportunistas (0,00). A mediana de tempo para o abandono foi de 16 meses. No modelo de Cox, encontrou-se significância para a escolaridade (HR:0,64, IC: 0,47 – 0,88) e para a presença de infecções oportunistas (HR:1,78, IC: 1,28 – 2,48). Os dados encontrados no estudo, em sua maioria, corroboram com a literatura. Identifica-se a juvelinização da epidemia; feminização, apesar da incidência ainda ser maior na população do sexo masculino; heterossexualizaçao; e a pauperização, representada pelo baixo nível de escolaridade daqueles que abandonaram o acompanhamento. Porém, quando discutido sobre o município de residência, a maioria do abandono ocorreu naqueles residentes na mesma cidade do serviço, porém a sua incidência é bem maior quando comparado aos demais. No que diz respeito às infecções oportunistas, acompanhar o serviço proporciona aos profissionais o conhecimento destes eventos e estes fazem com o que o indivíduo perceba a necessidade de dar continuidade ao serviço. A mediada de tempo de abandono foi de 16 meses, o que nos infere perceber a maior vulnerabilidade ao abandono no início, decorrente das mudanças inerentes ao tratamento. Portanto, este estudo visou conhecer os fatores associados ao abandono para que possam ser criadas estratégias de enfrentamento e que evitem a ocorrência de novos episódios.

Dissertação final - Letícia Falcão de Carvalho

 

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