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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
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Perfil das pessoas vivendo com HIV e Aids detectadas no período de 2010 a 2015 no Brasil: análise dos fatores associados ao tratamento

Perfil das pessoas vivendo com HIV e Aids detectadas no período de 2010 a 2015 no Brasil: análise dos fatores associados ao tratamento
  • 2018
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Fonte

Repositório Arca da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

Autoria

Alexandra Matias da Silva

Resumo

Este estudo descreve a composição de uma das lacunas (gaps) presentes na cascata de tratamento às pessoas vivendo com HIV ou Aids. Tem por objetivo analisar o perfil das PVHA virgens de tratamento, detectadas no Brasil entre os anos de 2010 e 2015. A construção e caracterização das lacunas de tratamento é relevante porque evidencia os avanços e desafios no alcance da cobertura universal de tratamento para as PVHA. Metodologia: trata-se de um estudo exploratório, seccional, descritivo e de abordagem quantitativa. Foi elaborado a partir da análise de dados secundários, extraídos de três sistemas de informação utilizados pelo Ministério da Saúde para a vigilância do HIV/Aids: SINAN, SISCEL e SICLOM. A partir destes sistemas, foi possível identificar a atual condição de tratamento nas PVHA detectadas (virgens de tratamento, ausência de adesão ao tratamento e em tratamento). Os dados foram analisados com auxílio do aplicativo SPSS statistics, versão 17.0; e, a associação entre a situação de tratamento e fatores clínicos e sociodemográficos foi testada via teste qui-quadrado, teste-t de Student e ANOVA conforme natureza das variáveis. Resultados e Discussão: no Brasil, foram identificados 364.708 novos casos de PVHA entre os anos de 2010 a 2015. Destes, 92.274 (25,3%) indivíduos nunca haviam recebido nenhum tipo de tratamento para o HIV até o final de 2015. A lacuna brasileira de tratamento do HIV é maior entre as mulheres, nos adultos jovens de até 25 anos e nas regiões norte e nordeste respectivamente; quanto ao porte populacional do município de residência os valores do gap apresentaram médias aproximadas. A característica clínica de maior relevância dentre os achados foi a diferença entre as médias de CD4+ encontradas no momento do diagnóstico; as PVHA que continuaram virgens de tratamento tinham o dobro de linfócitos em relação aos que iniciaram a TARV. No que se refere à completude dos bancos, a subnotificação no SINAN foi de 30% entre a população detectada. Além disto, verificou-se pouca ênfase no preenchimento de dados sobre raça, escolaridade e estado civil tanto no SINAN quanto no SISCEL. Conclusão: Embora no Brasil exista uma garantia legal para acesso ao tratamento e um sistema público de saúde gratuito capaz de ofertálo, a cobertura universal do tratamento antirretroviral ainda não foi alcançada, apontando para a necessidade de outras estratégias que promovam o acesso a TARV de maneira igualitária em todo o território nacional.

ve_Alexandra_Matias_ENSP_2018

 

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