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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
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EXPERIÊNCIA MACABEA: MODOS DE SUBJETIVAÇÃO E SEXUALIDADE EM INTERNAÇÕES PSIQUIÁTRICAS DE LONGO PRAZO OU ASILARES

EXPERIÊNCIA MACABEA: MODOS DE SUBJETIVAÇÃO E SEXUALIDADE EM INTERNAÇÕES PSIQUIÁTRICAS DE LONGO PRAZO OU ASILARES
  • PPSI0792-D

Fonte

repositório ufsc

Autor

Gustavo da Silva Machado

Resumo

A partir da obra de Clarice Lispector “A Hora de Estrela” é
apresentada ao mundo a personagem Macabea, pessoa avessa às normas
e precarizada pelo discurso médico-jurídico. Neste trabalho, esta
experiência literária é evocada como alegoria para representar o efeito
das normas no cuidado em Saúde Mental pautado na prática asilar. Se
no caso de Macabea a norma da “garota ideal” delimita as bordas de sua
existência, desta forma, pergunta-se o quanto que o saber médico, em
específico o psiquiátrico/psicológico, regula a existência e as formas de
sobrevivência de pessoas marcadas pela institucionalização psiquiátrica?
Por meio do método cartográfico, buscando compreender as
racionalidades envolvidas no campo da saúde mental institucionalizante
e da vivência da sexualidade neste contexto, acompanhando processos
de vida e de cuidado (de si e do outro), o objetivo principal deste
trabalho foi investigar a relação entre saúde mental e sexualidade a
partir da experiência de pessoas moradoras de uma residência
terapêutica alocada em um Hospital Psiquiátrico em Santa Catarina.
Fez-se isto por entender a importância em tornar audível a condição de
existência a estas pessoas, as quais passam por processos de
esquecimento e vulnerabilização. Ainda há, então, a despeito da reforma
psiquiátrica, uma dificuldade em lidar com a sexualidade a partir dos
parâmetros normativos e higienistas das práticas em saúde. Contudo, o
que se percebeu, assim como Macabea em sua Hora da Estrela, foi a
reiteração de práticas de cuidado de si dentro do manicômio que
configuraram uma estética de existência capaz de propor dobras nas
forças de mortificação da prática asilar. Além disso, atentou-se para a
importância da escuta destas histórias de modo a colocá-las como
possíveis no espaço da “externação” como uma alternativa à exclusão,
criticando os muros do asilo que seguem ainda que metaforicamente em
práticas de saúde mental.

PPSI0792-D

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