Fonte:
Repositório UFPel
Autoria:
Vanessa Avila Costa
Resumo:
Partindo de uma perspectiva putafeminista, procuro compreender nesta pesquisa arqueológica as estratégias de resistência das trabalhadoras sexuais aos processos de exclusão (às políticas de controle e disciplinarização de seus corpos) no cotidiano da cidade de Pelotas (RS), responsáveis por naturalizar as opressões de gênero, classe, raça e etnia sofridas por elas. Para isso, realizei um estudo das paisagens onde os prostíbulos do século XX estavam situados, fazendo reflexões sobre o trabalho sexual no contemporâneo. Com o intuito de evocar essas paisagens, já que as casas de prostituição não foram preservadas, utilizei de metodologias arqueológicas alternativas, tais como vídeo, cartografia em desenho e pintura. A partir dessa pesquisa, discuto duas intervenções arqueológicas realizadas na cidade no Dia do Patrimônio: a exposição “A luta das trabalhadoras pelo direito de habitar a cidade de Pelotas” e a performance “Flor de Papel”. Ambas foram realizadas em espaços públicos com o objetivo de manifestar à população pelotense as paisagens dos prostíbulos que foram ocultadas pelo poder para que não se ouça mais falar das prostitutas que neles trabalhavam.
Dissertacao_VANESSA_AVILA_COSTA
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