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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
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Associação entre a presença de HIV e síndromes geriátricas em pessoas de meia idade: um estudo caso-controle

Associação entre a presença de HIV e síndromes geriátricas em pessoas de meia idade: um estudo caso-controle
  • Joana_Titon_2020

Fonte:

BDTD-Biblioteca digital de teses e dissertações

Autoria:

JOANA PEROTTA TITON

Resumo:

Introdução: A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) afeta o sistema imune, causando depleção de linfócitos T CD4+, bem como diminuição dos telômeros destas células e elevação de mediadores inflamatórios, características também observadas no envelhecimento. Os pacientes infectados cronicamente apresentam sintomas que se assemelham às síndromes geriátricas (SG). Há maior prevalência das SG em pessoas mais velhas e parece haver uma tendência ao aparecimento precoce de algumas destas em pacientes com HIV. Porém, na revisão da literatura não identificamos estudos que avaliem mais de uma SG utilizando a Avaliação Geriátrica Ampla (AGA), comparando pessoas com HIV+ e HIV-[L.2]. O objetivo da pesquisa foi de avaliar a associação entre presença de SG e a exposição ao HIV. Método: Estudo caso-controle realizado em 2019 em adultos com 50 anos ou mais em serviço especializado de atendimento ao HIV e em unidades básicas de saúde de Francisco Beltrão, Brasil. Avaliaram-se 52 casos com HIV e 104 controles sem HIV pareados por idade, sexo e bairro de residência. Aplicou-se questionário sociodemográfico e testes validados da AGA. O teste Quiquadrado com correção por continuidade de Yates e o teste U de Mann-Whitney foram utilizados para as análises estatísticas. Resultados: A idade média da amostra (n=156) foi 60 ± 7,8, sendo 61,5% do sexo feminino. Os casos apresentaram uso de menor número de medicamentos (p=0,019), menores circunferência abdominal (p=<0,001), circunferência de braço (p=0,001), circunferência de panturrilha (p<0,001), índice de massa corporal (IMC) (p=0,001) e índice de massa muscular (IMM) (<0,001) e maior velocidade de marcha (p=0,017). Ao analisar as SG identificou-se maior proporção de peso normal e baixo peso nos casos comparativamente aos controles (p=0,001). Do total de avaliados (n=156), 41% (n=64) apresentaram pelo menos duas SG, sendo 38,5% (n=20) dos casos e 42,3% (n=44) dos controles. Conclusão: As SG estão presentes na população com HIV na mesma proporção que a população geral. Embora o Brasil seja um país em desenvolvimento, as políticas públicas podem estar contribuindo para que os pacientes alcancem um bom controle da doença. Assim, o HIV associado ao ARV parece não antecipar a GS e os pacientes apresentam bom estado de saúde.

 

Joana_Titon_2020

 

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