Fonte:
Autoria:
GABRIELE VASCONCELOS ARCANJO
Resumo:
A literatura tem demonstrado que distintas estratégias educacionais devem ser implementadas na população adolescente buscando melhorar o seu nível de conhecimento sobre as IST/Aids.Objetivou-se analisar a efetividade do uso do Instagram como instrumento educacional no nível de conhecimento de adolescentes sobre as IST/Aids.Estudo quase-experimental, com abordagem quantitativa, desenvolvido com 111 adolescentes de uma escola da rede pública no município de Sobral, Ceará, no período de agosto a setembro de 2018. Os adolescentes foram divididos em dois grupos: um experimental (grupo Instagram) e um controle (ações educativas presenciais). Foram coletados dados sociodemográficos e relativos ao comportamento sexual. A efetividade das intervenções foi analisada através da pontuação obtida pelos adolescentes na avaliação do conhecimento sobre IST/Aids. Analisou-se a pontuação por meio de uma codificação binária (valores iguais ou superiores a 7 e valores abaixo de 7).Os dados foram armazenadosem uma planilha Excel. Inicialmente, para homogeneização das variáveis em análise entre os dois grupos foi aplicado o teste de Fisher para as variáveis categóricas e o teste de Kruskal-Wallis para as contínuas. Considerou-se como variável desfecho o conhecimento de adolescentes escolares sobre IST/Aids. Utilizou-se o teste ANOVA de dois fatores, onde se analisou o efeito do grupo (presencial e Instagram) e do tempo (pré, pós e tardio), em relação à pontuação total obtida pelos alunos.O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará.Os resultados mostraram que a maioria dos participantes era do sexo masculino (n= 63; 56,8%). A idade variou de 15 a 18 anos, média de 16,3 (DP=0,6). Um total de 64 (57,6%) pessoas afirmou que já tiveram relação sexual, dentre elas, a minoria (n=27; 42,2%) possui parceiro fixo. A média de idade da primeira relação sexual foi de 14,3 anos (DP=1,6).O nível de conhecimento melhorou, significativamente, ao longo do tempo, em ambos os grupos analisados. A média da pontuação aumentou no grupo das ações presenciais, partindo de 4,10 (pré-teste) para 4,68 (pós-teste tardio).No grupo do Instagram, a pontuação inicial partiu de uma média de 4,59 (pré-teste) para 4,95 (pós-teste tardio).Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre as duas estratégias usadas (ações presenciais e Instagram), devendo elas serem utilizadas de forma complementar e não excludentes. Conclui-se que o Instagram, assim como as ações
presenciais, é uma estratégia educacional efetiva na melhoria do nível de conhecimento de adolescentes sobre IST/Aids.
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