“Caminhar, experimentar, compartilhar: construindo o patrimônio andando pela cidade” é o tema da oficina que integra a programação do CPC-USP
Como explorar a potência sensível e poética da caminhada? Como ela nos ajuda a perceber memórias, referências e traços do outro? Que tipo de experiência de aprendizagem com o espaço da cidade ela nos propicia? Essas são algumas das questões que a oficina “Caminhar, experimentar, compartilhar: construindo o patrimônio pela cidade” vai propor aos participantes desta avtidade que integra a programação do Centro de Preservação Cultural da USP para a Jornada do Patrimônio 2019.
Segundo Gabriel Fernandes, que atua como especialista no CPC-USP e coordena a oficina, a intenção é explorar o ato de caminhar como uma das mais potentes ferramentas de percepção e exploração das referências culturais urbanas. A atividade vai partir de uma conversa inicial sobre a memória dos participantes de sua experiência urbana e da apresentação de referenciais artísticos, teóricos e práticos. Em seguida, vai propor aos participantes que promovam um breve experimento de descoberta da cidade, entregando-se a ela, a fim de que se produza uma cartografia comum e partilhada dessa experiência subjetiva.
Considerando a breve duração de uma oficina, mais do que instrumentalizar os participantes com um aparato metodológico específico de percepção da cidade, pretende-se construir uma experiência comum de maravilhamento com o cotidiano, identificando e articulando referências culturais na paisagem vivida da cidade. “Caminhar pode significar mais do que uma mera atividade automática. Ao contrário, ela pode ser assertiva. Como dizia Michel de Certeau, existe uma retórica da caminhada. A arte de moldar frases tem como equivalente uma arte de moldar percursos”, diz o coordenador. Após a conversa inicial, os participantes serão estimulados a explorar a vizinhança em torno da Casa de Dona Yayá — sede do CPC-USP, localizada à Rua Major Diogo — a partir de uma caminhada silenciosa, lenta e coletiva, seguida de uma livre exploração do bairro do Bixiga. Retornando à Casa, será construída uma cartografia coletiva desse acúmulo de experiências individuais e em grupo.
Foto: Acervo CPC.
SERVIÇO
Data e horário
18/8, das 14h às 17h
Local
Casa de Dona Yayá (Rua Major Diogo, 353, Bela Vista, São Paulo, SP)
Público-alvo
Interessados em geral no campo do patrimônio cultural — e, em especial, educadores, agentes culturais e estudantes de áreas afins.
Atividade gratuita
INSCRIÇÕES
Preencher formulário em forms.gle/VvdXe3ugd41boGWRA até o dia 15/8. As confirmações serão notificadas exclusivamente por e-mail no dia 16/8.