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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
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Efeito da prática de atividade fí­sica na prevenção primária de alterações morfológicas corporais e metabólicas e na qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV que iniciam terapia antirretroviral : ensaio clínico pragmático.

Efeito da prática de atividade fí­sica na prevenção primária de alterações morfológicas corporais e metabólicas e na qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV que iniciam terapia antirretroviral : ensaio clínico pragmático.
  • Efeito da prática de atividade física na prevenção primária de alterações morfológicas corporais e metabólicas e na qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV

Fonte

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP

Autoria

Elisabete Cristina Morandi dos Santos

Resumo

A terapia antirretroviral (TARV) determinou o aumento da sobrevida das pessoas que vivem com HIV (PVH), porém eventos adversos relacionados à síndrome lipodistrófica, como alterações morfológicas corporais e distúrbios metabólicos vem sendo descritos como fatores de risco cardiovascular nessa população. Objetivo: Avaliar o efeito da prática de atividade física na prevenção primária de alterações morfológicas corporais e metabólicas e na qualidade de vida de PVH que iniciam TARV. Métodos: PVH que estavam em TARV há no máximo quatro meses e não apresentavam alterações metabólicas e morfológicas corporais foram convidadas a participar deste ensaio clínico randomizado pragmático, sendo alocadas aleatoriamente para grupos intervenção ou controle, na proporção de 1:1. A intervenção consistiu de atividade física orientada presencialmente e/ou à distância, com sessões programadas para ocorrer três vezes por semana, sendo duas com treinamento misto/concorrente (cardiorrespiratório e de força) e uma de treinamento simples, cardiorrespiratório, com duração aproximada de 60 minutos, durante seis meses. Foi conduzida no próprio serviço ambulatorial no qual o paciente estava em acompanhamento ou utilizando-se espaços e equipamentos disponíveis em locais públicos (equipamentos de ginástica a céu aberto, arquibancadas, escadas, pista de caminhada e corrida) e elásticos disponibilizados para o projeto. Os desfechos do estudo (atividade física, aptidão cardiorrespiratória, avaliação física, qualidade de vida e dados laboratoriais) foram aferidos à inclusão e depois de concluída a intervenção ou o acompanhamento dos controles. Para testar a hipótese de não modificação do grupo experimental no tempo, em comparação ao grupo controle, um modelo de ANOVA de medidas repetidas não paramétrico foi utilizado com nível de significância de 0,05. Resultados: A população estudada consistiu de 38 PVH, majoritariamente do sexo masculino (87,0%), autodeclarados pretos ou pardos (65,8%), com média de idade de 32,6 anos. À inclusão no estudo apresentavam pouca frequência de atividade física moderada e baixa autoeficácia para a prática de atividades físicas. Ao final do estudo, os níveis de atividade física não apresentaram diferença significativa intergrupos (atividades praticadas na semana precedente, medidas pelo questionário IPAQ e com uso de acelerômetro). Analogamente, não houve diferença significativa intergrupos nas variáveis relacionadas à avaliação física (circunferências da cintura e do abdome, força de preensão manual e de resistência, flexibilidade e aptidão cardiorrespiratória, obtida em teste de ergoespirometria) e na qualidade de vida, avaliada pelo questionário WHOQoLHIV-Bref. Tampouco foram encontradas diferenças significativas na análise intergrupos nas concentrações de glicose em jejum, triglicérides e PCR. Apesar do grupo intervenção ter exibido aumento significativo nas concentrações séricas de LDL-colesterol na análise intergrupos, os valores observados não apresentaram relevância clínica. Conclusões: A realização de ensaio clínico randomizado pragmático para avaliar os efeitos da atividade física na prevenção primária de alterações morfológicas corporais e alterações metabólicas relacionadas à síndrome lipodistrófica, e na qualidade de vida de PVH que iniciam a TARV mostrou-se factível em serviço ambulatorial universitário especializado da cidade de São Paulo. Contudo, não se verificou efeito significativo da intervenção sobre o acúmulo de gordura abdominal, a aptidão cardiorrespiratória, a glicemia de jejum e as concentrações de triglicérides e PCR e sobre a qualidade de vida dos participantes. A baixa autoeficácia para a prática de atividades físicas na população estudada, o reduzido número de participantes e o tempo de intervenção proposto podem ter contribuído para os achados. Para investigação mais aprofundada sobre o tema sugere-se conduzir ensaios clínicos pragmáticos multicêntricos que atentem para as limitações observadas neste estudo

 

Efeito da prática de atividade física na prevenção primária de alterações morfológicas corporais e metabólicas e na qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV

 

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